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Inoculantes de milho reduzem adubação em 25%

Tecnologia não só beneficia os produtores em termos de redução de custos, mas também promove ganhos ambientais


Foto: Canva

Com a temporada de colheita da soja prestes a terminar, os agricultores já se preparam para o plantio do milho safrinha, buscando maximizar seus rendimentos e adotar práticas sustentáveis. Uma descoberta recente tem animado o setor: a aplicação de inoculantes com a bactéria Azospirillum brasilense está revolucionando a forma como o milho é cultivado.

Estudos conduzidos pela Embrapa soja mostram que a utilização desses inoculantes pode reduzir em até 25% a necessidade de adubação nitrogenada de cobertura, especialmente quando considerada uma dose de 90 quilos por hectare de N-fertilizante. Além disso, a aplicação da bactéria demonstrou um aumento impressionante de 3,1% na produtividade do milho safrinha.

Fernando Bonafé Sei, agrônomo e gerente da área técnica da Novonesis, enfatiza que essa tecnologia não só beneficia os produtores em termos de redução de custos, mas também promove ganhos ambientais significativos. A fixação biológica de nitrogênio, resultado da simbiose entre as plantas e as bactérias, não apenas impulsiona o desenvolvimento das culturas, mas também reduz a emissão de gases de efeito estufa. Estima-se que a aplicação das estirpes Ab-V5 e Ab-V6 possa diminuir a emissão desses gases em até 236 kg equivalentes de CO2 por hectare.

A economia gerada pela redução da adubação e os benefícios ambientais são fatores-chave que impulsionam a adoção desses inoculantes. Segundo dados da Associação Nacional de Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII), a adoção da inoculação em milho na safra 22/23 atingiu 22% do total de área plantada, indicando uma crescente aceitação no mercado agrícola.

A expansão do mercado de insumos biológicos é notável. Durante a safra 2022/23, a comercialização desses insumos registrou um faturamento de US$ 827 milhões, representando um aumento de 52% em comparação com o ciclo anterior. A expectativa é que esse crescimento continue em ritmo acelerado, conforme apontado pela Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII).

A chave para o sucesso na utilização desses inoculantes reside na qualidade dos materiais e na aplicação correta. Os agricultores são aconselhados a armazenar os produtos em locais arejados e secos, evitando a exposição direta à luz solar. Seguir as recomendações de dosagem, conforme especificado na bula do produto, também é fundamental para otimizar os resultados.

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