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Pulverizadores

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Foto: Divulgação

Tratamentos fitossanitários

Definição

São máquinas nas quais os líquidos são bombeados sob pressão através de orifícios (bicos) e explodem ao serem lançados contra o ar, por descompressão. Podem ser definidas também, como máquinas construídas com a finalidade de subdividir a calda em gotículas de tamanho uniforme, distribuindo-as na superfície a ser tratada.

Outra função de pulverizador é permitir uma dosagem adequada do defensivo sobre o local a ser tratado. É de fundamental importância para a agricultura, já que é através deste equipamento que se consegue fazer o controle de pragas e doenças, tornando viável a produção agrícola.

Função dos bicos: Subdividir o líquido em gotículas e distribuí-las, de forma uniforme, sobre toda superfície (área foliar) a ser tratada.

Classificação das máquinas utilizadas no tratamento fitossanitário, de acordo com o tipo de veículo utilizado (característica do produto: sólido, líquido ou gasoso):

 

 

Tipos de Pulverizadores

a) Manuais. São máquinas costais que apresentam um rendimento de 10 a 20

m²/bico.

b) Motorizados. São do tipo costais motorizados, cujo bombeamento do fluido é

feito por um motor 2 tempos de alta rotação. Apresentam um rendimento de 60 a 100 m²/bico.

c) Tratorizados. Possuem reservatórios que variam de 400 a 5000 litros de

capacidade. São montados nos três pontos ou na barra de tração e são acionados pela tomada de potência.

Têm como componentes básicos:

- Tanque ou reservatório onde a calda fica armazenada;

- Bomba;

- Agitador mecânico ou hidráulico;

- Filtros;

- Manômetro;

- Regulador de pressão;

- Mangueiras;

- Conjunto de acionamento;

- Dispositivo de aplicação (por exemplo, barra ou pistola);

- Bicos de pulverização.

Essas são as partes básicas, mas eles podem envolver outros itens, dependendo da tecnologia aplicada. Atualmente, eles costumam ter também medidores de volume aplicado, localizador GPS, sistemas de controle remoto, entre outras facilidades.

Formas de Aplicação do Produto

a) Alto Volume. Aplica-se 500 a 3000 litros/ha com gotas de 0,3 a 3 mm de diâmetro. Utilizam-se os Pulverizadores Costais.

b) Baixo Volume. Aplica-se 10 a 150 litros/ha com gotas de 100 a 250 μ de diâmetro. Utilizam-se os Pulverizadores Tratorizados.

c) Ultra Baixo Volume. Aplica-se até 5,0 litros/ha com gotas de diâmetro menor que 100μ. Utilizam-se os Atomizadores.

Dimensionamento dos Pulverizadores

Os pulverizadores podem ser dimensionados pela determinação do tamanho do depósito e da capacidade da bomba. Para isso, segue as equações seguintes:

a) Tamanho do depósito

T = L.b.Q/5000

onde:

T = capacidade do tanque, (litros);

L = comprimento da faixa a ser tratada, (m);

b = largura da faixa de trabalho, (m);

Q = vazão máxima dos bicos.

b) Capacidade da bomba

P = D.b.v.z/600

onde:

P = capacidade da bomba, (kg/min);

D = quantidade aplicada por hectare, (kg/ha);

b = largura de trabalho, (m);

v = velocidade de trabalho, (km/h);

z = número de elementos de trabalho.

Limpeza e manutenção

A limpeza é fundamental deve ser feita ao fim de cada dia de trabalho ou quando for acontecer uma troca do tipo de produto. Todo o trabalho com o pulverizador, inclusive a limpeza, precisa ser feito com uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Além de água, também os detergentes especiais, desengraxantes e outros produtos podem ser usados, sempre seguindo a recomendação do fabricante.

As partes, como gatilho, filtros e bicos devem ser removidas e imersas em água e o processo de lavagem deve ser repetido algumas vezes para certificar que o equipamento está limpo. O tanque de armazenamento também deve ser lavado.

Não se recomenda o uso de material mais duro do que as partes do equipamento de pulverização para fazer a limpeza visando evitar danificá-las.

A manutenção dos equipamentos deve ser feita com frequência, trocando-se peças defeituosas que possam comprometer o processo de tratamento fitossanitário. Neste quesito, os bicos merecem ainda mais atenção, já que, quando apresentarem desgaste, podem provocar prejuízos com desperdício de produto. Para evitar isso, eles devem ser substituídos quando a vazão estiver se desviando, no máximo, 10% em relação à vazão nominal.

Regulagem e calibração

Esses dois processos têm os objetivos de preparar o pulverizador para atingir a performance desejada e verificar se ele está, de fato, fazendo aquilo que foi programado. Dessa maneira, regular e calibrar seu equipamento vai garantir que você utilize as quantidades corretas de produto e que elas sejam aplicadas nas condições planejadas.

Esse processo pode ser feito para checar, por exemplo, se o volume de pulverizado e a pressão nos bicos corresponde às especificações da máquina ou do processo.

Em resumo, a calibração ajuda o produtor a verificar a confiabilidade do processo de pulverização e, por isso, precisa fazer parte da rotina no campo. Ela pode ser feita sempre que o consumo de produtos atingir 15% a mais do que o obtido com a calibração anterior.

 

José Luis da Silva Nunes

Engenheiro Agrônomo, Dr. em Fitotecnia

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