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Diagnose assertiva de nematoide no algodão evita prejuízos

Assim como acontece em outras culturas, os nematoides geram muita dor de cabeça também para os cotonicultores


Foto: Divulgação

Assim como acontece em outras culturas, os nematoides geram muita dor de cabeça também para os cotonicultores. É possível amargar muitos prejuízos por conta desses vermes tão pequenos, mas que podem reduzir drasticamente a produtividade da lavoura.  A nematologista e pesquisadora da instituição, Juliana Oliveira, esclarece que estes vermes além de causarem uma ação espoliativa, que ocorre quando um parasita se alimenta dos nutrientes metabolizados pela planta, ainda promove oportunidades a outros patógenos de também interferir no desenvolvimento. “As injúrias provocadas por eles podem servir como porta de entrada para patógenos oportunistas presentes no solo, que debilitam ainda mais a cultura”, alerta.

Segundo dados divulgados pela Fundação MT, as principais espécies que acometem o algodão são Pratylenchus brachyurus, Meloidogyne incognita, Rotylenchulus reniformis e Aphelenchoides besseyi. E essa variedade de nematoides é um dos pontos que mais atrapalham na hora de controlá-los. “O primeiro passo para um bom manejo de nematoide é saber qual ou quais espécies o produtor tem em sua propriedade, sem essa informação não é possível adequar as medidas necessárias a serem tomadas, a fim de minimizar os danos causados por estes agentes”, comenta a pesquisadora.

É neste momento que entra a diagnose assertiva do problema, com a análise nematológica que é importante por dois motivos. O primeiro deles, de acordo com a especialista, é o de monitorar a área em que há indícios de infestação e, o segundo, o de conhecer as suas áreas em relação à presença de fitonematoides. “Aliado a isso, antes de realizar a amostragem precisamos levar em consideração o histórico de cultivo e de cultivares, o tipo de solo e a umidade em que este se encontra. Também orientamos que as amostras devem ser coletadas de preferência no ciclo anterior a um novo plantio, no período de florescimento da cultura ou o mais próximo dele”, aponta a pesquisadora.

Outra dica de Juliana é se atentar para que na ocasião da coleta o solo esteja com teor de umidade natural, evitando condições de encharcamento ou de ressecamento excessivo, e, “nunca se deve adicionar água ao volume de solo coletado”.

 

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