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Um pouco do agronegócio gaúcho


Adelson Gasparin
Na semana que marca o início dos festejos farroupilhas não só no Rio Grande do Sul, mas por todos os Piquetes e Centros de Tradições Gaúchas espalhados pelo Brasil e outros diversos países dos quais o povo e a cultura gaúcha têm se espraiado, as comemorações também se estendem ao atual momento do agronegócio gaúcho, cujo estado celebra um PIB trimestral histórico de 15%, fortemente impulsionado pelo setor de agropecuária. O RS também ganha cada vez mais destaque nos balanços nacionais, que vai desde os hortifrutigranjeiros e laticínios, às carnes e grãos.
Com grande participação na produção e exportação de carnes do país, especialmente em cortes de frangos e suínos, o RS também ocupa a terceira colocação do Brasil na produção de grãos com 28,2 milhões de toneladas colhidas nesta última safra. A frente do estado estão Mato Grosso e Paraná com 45,8 e 36,8 milhões de toneladas, respectivamente. Sobretudo, o RS se destaca porque além de produzir commodities, também é o maior fomentador e produtor do país em canola, com projeção de colher nesta safra 39,5 mil toneladas, representando 72% da produção nacional. Números do relatório de setembro divulgados pela Conab.
Além disso, nesta última safra os produtores gaúchos produziram 7,9 das quase 10 milhões de toneladas de arroz do país. O estado também ocupa destaque na produção de cevada, centeio, aveia e feijão. Já no mercado de trigo, as expectativas são grandes com o desenvolvimento das lavouras gaúchas. Com as revisões de produção do Paraná, cujas lavouras mais a oeste sofreram severamente com a ocorrência de geadas, as projeções dos analistas indicam que os produtores gaúchos poderão ultrapassar o estado e alcançar a marca de 2,6 milhões de toneladas, o que representa 53% do volume total estimado para a produção brasileira. Sobretudo, a expectativa é de que o país venha a rever suas importações para cerca de sete milhões de toneladas.
Em se tratando de milho, o Rio Grande tem sido importante parceiro dos estados do centro-oeste no escoamento da produção da segunda safra. Apesar dos produtores gaúchos terem produzido cerca de 7 milhões de toneladas na última temporada, o estado necessita importar significativo volume do cereal para suprir sua excepcional produção de carnes. Para a nova safra, que já está sendo plantada, acredita-se que haverá redução de 5 a 10% na área. A justificativa é que com o aumento das áreas de trigo neste inverno, menos áreas restaram disponíveis para o plantio do cereal dentro do período adequado. Outro motivo é o bom momento registrado com o mercado internacional da soja.
Terceiro maior produtor nacional da oleaginosa, o RS abastece sua planta interna esmagadora, que é a maior produtora de biodiesel do país, e ainda exporta considerável excedente pelo Porto graneleiro de Rio Grande. As expectativas dos analistas são de que para a temporada 2013/2014 sejam plantados 4,9 milhões de hectares com projeção de colheita em 13 milhões de toneladas. Cerca de 5% a mais que em 2012/2013.
Este é um pouco do agronegócio do Rio Grande do Sul, que no mês de setembro homenageia seus antepassados e comemora além de seus costumes e tradições as suas conquistas, e reacende assim com a chama crioula, apesar dos vários entraves existentes, o desejo de ser um estado cada vez mais competitivo.

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