Na semana em que o Brasil inteiro assistiu aos conflitos entre índios e pequenos produtores rurais, repito, pequenos produtores rurais, no município de Sananduva, ao qual a grande mídia enfim parece ter tido interesse em noticiar, não há como abordar qualquer tema do agronegócio sem fazer jus e esse fato. Lamentável ouvir um produtor relatar só ter sobrevivido às pauladas e pedradas, porque fingiu já estar morto.
É preciso aqui, fazer algumas colocações. Primeiro e sem dúvida o responsável por deixar a situação chegar a este ponto é o governo. O governo é fraco. Há oito anos estes produtores gaúchos enfrentam o desconforto e o terrorismo constante na região. O governo estava avisado com antecedência que conflitos aconteceriam se providências não fossem tomadas com urgência. E assim, como quando foi avisado do apagão logístico nesta última safra, nada fez. O absurdo é tanto que apenas o pequeno contingente de policiais do município estava em meio ao conflito.
Em segundo, a Funai, incompetente. É inadmissível que um laudo antropológico, realizado por uma antropóloga que tomou chá alucinógeno em ritual com índios, tenha embasamento e busca desapropriar mais de 100 famílias só na região de Sananduva e Cacique Doble. Covarde, esta é a atitude da Funai com o Estado e com o Brasil. Em terceiro ponto, para não alongar demais, é preciso chamar atenção da bancada ruralista que está em Brasília. Sim, eles têm defendido nossos agricultores, mas de forma morosa, e não há mais tempo para discutir este fato de forma carinhosa. É preciso ação, é preciso retomar o controle desta "badernagem" a que estão submetidos índios e produtores. Com certeza há lugar para todos. E há dinheiro público para assentar sem que haja perdas ao agronegócio, em especial aos produtores rurais. Ou será que só há dinheiro para emprestar ao Eike Batista?
Voltando ao mercado de grãos, as atenções dos últimos 15 dias estiveram voltadas aos Estados Unidos, com a divulgação dos relatórios de oferta e demanda mundial, exportações semanais e desenvolvimento de lavouras do país. Conforme o Departamento de Agricultura do país, a safra deverá ser a segunda da história e poderá atingir 93 milhões de toneladas para soja, 354 milhões de toneladas de milho e 57,5 milhões de toneladas de trigo.
Mesmo assim, as incertezas climáticas do país seguiram dando suporte às cotações. Há preocupações com as lavouras do estado de Iowa, por exemplo, onde as culturas de milho e soja encontram-se em importante fase de desenvolvimento, e o clima é relativamente seco. Já em Illinois, outro importante estado produtor de grãos norte-americano, as condições das lavouras estão excelentes, e se o clima seguir colaborando a safra será cheia naquele estado. Ao todo, 65% das lavouras de soja e 66% das lavouras de milho são consideradas entre boas e excelentes no país. Para os próximos dias, as atenções não deverão ser diferentes, olho no clima, e desenvolvimento das lavouras norte-americanas.
Por: Adelson Gasparin - Corretor de Commodities da Agroinvvesti - [email protected]
É preciso aqui, fazer algumas colocações. Primeiro e sem dúvida o responsável por deixar a situação chegar a este ponto é o governo. O governo é fraco. Há oito anos estes produtores gaúchos enfrentam o desconforto e o terrorismo constante na região. O governo estava avisado com antecedência que conflitos aconteceriam se providências não fossem tomadas com urgência. E assim, como quando foi avisado do apagão logístico nesta última safra, nada fez. O absurdo é tanto que apenas o pequeno contingente de policiais do município estava em meio ao conflito.
Em segundo, a Funai, incompetente. É inadmissível que um laudo antropológico, realizado por uma antropóloga que tomou chá alucinógeno em ritual com índios, tenha embasamento e busca desapropriar mais de 100 famílias só na região de Sananduva e Cacique Doble. Covarde, esta é a atitude da Funai com o Estado e com o Brasil. Em terceiro ponto, para não alongar demais, é preciso chamar atenção da bancada ruralista que está em Brasília. Sim, eles têm defendido nossos agricultores, mas de forma morosa, e não há mais tempo para discutir este fato de forma carinhosa. É preciso ação, é preciso retomar o controle desta "badernagem" a que estão submetidos índios e produtores. Com certeza há lugar para todos. E há dinheiro público para assentar sem que haja perdas ao agronegócio, em especial aos produtores rurais. Ou será que só há dinheiro para emprestar ao Eike Batista?
Voltando ao mercado de grãos, as atenções dos últimos 15 dias estiveram voltadas aos Estados Unidos, com a divulgação dos relatórios de oferta e demanda mundial, exportações semanais e desenvolvimento de lavouras do país. Conforme o Departamento de Agricultura do país, a safra deverá ser a segunda da história e poderá atingir 93 milhões de toneladas para soja, 354 milhões de toneladas de milho e 57,5 milhões de toneladas de trigo.
Mesmo assim, as incertezas climáticas do país seguiram dando suporte às cotações. Há preocupações com as lavouras do estado de Iowa, por exemplo, onde as culturas de milho e soja encontram-se em importante fase de desenvolvimento, e o clima é relativamente seco. Já em Illinois, outro importante estado produtor de grãos norte-americano, as condições das lavouras estão excelentes, e se o clima seguir colaborando a safra será cheia naquele estado. Ao todo, 65% das lavouras de soja e 66% das lavouras de milho são consideradas entre boas e excelentes no país. Para os próximos dias, as atenções não deverão ser diferentes, olho no clima, e desenvolvimento das lavouras norte-americanas.
Por: Adelson Gasparin - Corretor de Commodities da Agroinvvesti - [email protected]
