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Ferrugem da soja: histórico dos últimos anos


Instituto Phytus
Vêm-se observando uma incidência mais significativa da ferrugem da soja em determinadas regiões do Sul do Brasil, contrastando com anos anteriores em que a incidência da doença foi tardia e não causara dano significativo. 
Nas últimas safras a dispersão de inóculo foi mais eficiente. Acredita-se que o mesmo tenha origem no Paraguai ou Bolívia e que desde o final de dezembro a densidade de inóculo no ar seja suficiente para causar uma epidemia.
No Sul, a alternância entre períodos secos e chuvosos pode retardar o início efetivo da ferrugem. O aparente início tardio da doença pode levar o produtor a uma decisão tardia de controle, o que possivelmente irá comprometer a eficácia dos produtos utilizados. 
A tecnologia de aplicação de fungicidas apresenta dificuldades ligadas à planta (excessiva área foliar, porte, arranjo de plantas), ao processo de penetração, à absorção dos fungicidas (horário da aplicação, classe de gota e taxa de aplicação), e à localização do alvo (fungos tendem a se alojar em locais protegidos das adversidades do ambiente, o que os tornam difíceis de atingir). Como a dose de um fungicida corresponde ao número de gotas depositadas sobre todas as folhas da planta, a partir de estágios mais avançados de desenvolvimento da planta, a dose real dos produtos tende a ser excessivamente baixa. 
Desta forma, na atual conjuntura, a ferrugem tem sido responsável por um dano econômico considerável, contribuindo para que a produtividade média das lavouras mantenha-se ao redor dos 50 sacos/ha. Aliar estratégias protetoras à escolha de programas de controle com produtos de eficácia elevada, ainda parece ser a solução mais eficaz.  
Ricardo Balardin
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Engenheiro agrônomo, Mestre em Fitotecnia/Fitopatologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutor em Crop and Soil Sciences, Plant Pathology, pela Michigan State University. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Santa Maria e colaborador ad hoc do Instituto Phytus.

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