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Uso de Aminoácidos na Agricultura


Opinião Livre
A constante busca de novas tecnologias voltadas para a agricultura moderna, através da análise dos problemas dos produtores com respostas baseadas em pesquisas, visa à obtenção de diferentes práticas e substâncias para melhorar a eficiência da produção agrícola. Sabe-se que o desenvolvimento das culturas é controlado por fatores ecofisiológicos, genéticos e tratos culturais, culminando em respostas fisiológicas e/ou hormonais por parte das plantas. Com isso, o uso de aminoácidos, ligados ou não à aplicação de nutrientes, tem-se intensificado em sistemas de produção de grãos, obtendo ótimos resultados nas lavouras. A utilização dessas substâncias aumenta de importância à medida que o potencial genético das culturas é elevado e os fatores limitantes ligados à nutrição mineral das plantas são mínimos. Nestas áreas, o produtor busca o ajuste fino de suas práticas objetivando a obtenção de picos produtivos e a melhoria da qualidade do produto final.

Segundo a literatura, os aminoácidos são ácidos orgânicos que possuem em sua molécula um carbono central, geralmente assimétrico, ligado a um grupamento carboxila, um grupamento amina e um átomo de hidrogênio. Além destas três estruturas, os aminoácidos apresentam um radical genericamente conhecido como “R”, que os diferencia. Sua principal função é como constituintes de proteínas, bem como precursores de inúmeras substâncias reguladoras do metabolismo vegetal, além de funcionar como ativadores de metabolismos fisiológicos.
Os aminoácidos, dentre outras funções, têm interação com a nutrição de plantas, aumentando a eficiência na absorção, transporte e assimilação dos nutrientes. A quelação de cátions com aminoácidos gera moléculas sem cargas, reduzindo o efeito das forças de atração e repulsão da cutícula da folha, elevando a velocidade de absorção dos nutrientes. Além disso, estes quelatos formados por cátions+aminoácidos aumentam a capacidade de circulação de nutrientes pelas membranas, culminando em um importante componente da nutrição das plantas, a translocação de nutrientes pouco móveis pelos vasos do floema.
Existem cerca de 20 aminoácidos essenciais nas plantas, possuindo concentrações e funções distintas. Por exemplo, o triptofano, precursor do mais importante hormônio de crescimento radicular e da parte aérea das plantas, a auxina. Ou a metionina, precursora do etileno, responsável pela maturação dos frutos. Outros aminoácidos como a tirosina e a fenilanina são os precursores dos compostos fenólicos envolvidos na defesa das plantas e na síntese de lignina, que aumenta a resistência ao acamamento das plantas. A glicina é precursora da síntese de clorofila, além de agir nos mecanismos de defesa das culturas. Focado no desenvolvimento inicial, a valina afeta diretamente a germinação das sementes e a arginina age sobre o desenvolvimento radicular e eleva a solubilidade e absorção de nutrientes, sendo ainda o principal aminoácido de translocação no floema.
Na literatura, tem-se citado inúmeros benefícios quanto ao uso de aminoácidos, podendo-se citar a pontecialização da síntese de proteínas, de compostos intermediários dos hormônios vegetais e do efeito quelatizante de nutrientes ou agroquímicos. Contudo, as melhores respostas dos aminoácidos têm sido em situações de estresses bióticos, como relacionados ao ataque de pragas e doenças, e abióticos, como desordens nutricionais, climáticas, deficiências hídricas ou estresses relacionados à aplicação de defensivos, em especial herbicidas, conferindo aos aminoácidos o título de agentes antiestressantes. Na figura 1 a recuperação de uma soja transgênica com sintomas de fitotoxidez, chamado de “
yellow flashing”, causado pelo herbicida glyphosate. Menos de uma semana após a pulverização com Exion Max (fertilizante foliar com micronutrientes a base de cloretos e potencializado com aminoácidos), as plantas se mostravam totalmente recuperadas desta injúria.

Figura 1.
Redução da fitotoxidez por glyphosato pela aplicação de aminiácidos. Foto: Kimberlit Agrociências.
O uso de aminoácidos, de forma isolada ou em combinação com outros produtos, vem obtendo consistência nos resultados, com ganhos expressivos em diversas culturas, dando confiança a técnicos quanto a recomendação desta prática. Com base nestes resultados, a Kimberlit Agrociências estudou as principais técnicas de obtenção de aminoácidos, aliando tecnologia de ponta ao conhecimento fisiológico das principais culturas agrícolas. O resultado é a linha de fertilizantes foliares Exion, que  contém nutrientes à base de cloretos (que conferem alta solubilidade) potencializados com aminoácidos de excelente procedência, buscando melhor atender as necessidades das culturas.
Quando utilizados no tratamento de sementes, os benefícios alcançados com o uso de aminoácidos estão associados à melhora do enraizamento, que tem como resultado plantas mais vigorosas e uniformes (Figura 2).

Figura 2.
Uso de aminoácidos no tratamento de sementes soja, Grão de Ouro, Passos/MG, 2014.
Já com a aplicação via folha, os benefícios se estendem desde o desenvolvimento vegetativo até o enchimento de grãos, culminando no aumento da produtividade, como pode ser observado no trabalho (Figura 3). Além disso, o sinergismo entre a aplicação de nutrientes com aminoácidos agrega a esta prática os benefícios da melhor nutrição mineral das plantas.


Figura 3.
Produtividade de soja (sacas por hectare) em função da aplicação do programa nutricional foliar Kimberlit. Fundação Chapadão, Chapadão do Sul/MS, safra 2013/2014.
Portanto, o manejo nutricional através da utilização de fertilizantes foliares potencializados com aminoácidos, funciona como uma ferramenta de suplementação nutricional as culturas. Permitindo que estas expressem seu máximo potencial produtivo, aumentando a taxa de retorno ao produtor. 

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