CI

Argentina aumenta exportação de carne


Argemiro Luís Brum

As exportações de carne bovina da argentina cresceram 65% nos dois primeiros meses de 2008 em comparação a igual período de 2007. Dados do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentária (SENASA) dão conta de que foram vendidas 82.907 toneladas do produto (contra 60.868 toneladas em 2007). O destaque nas exportações argentinas do segmento fica para o embarque de carnes resfriadas e congeladas (com 46.950 toneladas - 56% do total) que têm como principal destino a Rússia (que absorveu cerca de 16.000 toneladas). Em segundo lugar estão as vendas de cortes especiais com alta qualidade, da chamada cota Hilton (com destino à Europa), que totalizaram 5.260 toneladas - tendo como principal destino a Alemanha. Em terceiro lugar estão as exportações de carnes processadas que totalizaram 4.786 toneladas e foram destinadas, em sua maior parte para os EUA. Por fim, as exportações de miúdos e vísceras, que totalizaram 25.910 toneladas. Atualmente, com a greve do setor primário argentino (em protesto contra o aumento da taxa de exportação de alguns grãos), o setor exportador está com o ritmo de embarques lentos, pois as paralisações e bloqueios das rodovias estão impedindo o trânsito de caminhões (e em alguns momentos de veículos de passeio e ônibus), inclusive com mercadorias destinadas ao consumo no mercado interno. A tal ponto que os grandes centros do país já estão com falta de hortigranjeiros, carne e laticínios. A origem da greve está na alteração do imposto de exportação (as chamadas "retenciones") dos grãos de soja e de girassol de 35% para 40%, que o governo impôs como medida de "distribuição de renda e sustentabilidade dos preços dos demais alimentos" nas palavras da presidente da Argentina.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.