Já não é novidade que os Fundos dominam a economia mundial e, particularmente, os mercados bursáteis, assim como os investimentos internacionais. O que pode ser novo neste processo é que não apenas os chamados Fundos de Investimentos e os Fundos de Pensão estão presentes de forma decisiva nesta economia. Nos últimos tempos ganhou dimensão a presença dos chamados Fundos de Estado ou Fundos Soberanos. Estes Fundos, constituídos particularmente pelos países emergentes, movimentam hoje mais de US$ 3 trilhões (o equivalente ao PIB da França). Além de aplicações em bolsas, os mesmos estão comprando empresas e bancos ocidentais, fato que alarma o mercado. A maior presença dos mesmos se encontra no Oriente Médio e na Ásia, graças à renda petrolífera. Na prática, 72,7% de sua origem provém do petróleo e do gás. Os outros 27,3% se originam de fundos públicos, reservas cambiais, eletricidade, diamantes, cobre, fosfatos etc... No mundo hoje existem aproximadamente 40 Fundos de Estado que misturam interesses políticos e econômicos em suas ações. Na verdade, os mesmos são fundos de investimento cuja renda é propriedade do Estado. Seu objetivo é de frutificar os excedentes orçamentários, em forte aumento a partir da disparada dos preços do petróleo ou em função do importante excedente comercial, caso da China. Embora existam desde 1950, é a partir da disparada dos preços das matérias-primas no mercado mundial, nestes dois últimos anos, que tais fundos assumem um papel de liderança. Até então, os Estados excedentários em renda investiam sobretudo em bônus do Tesouro dos EUA. Agora, estão comprando participação em empresas transnacionais. Dubai adquiriu parte da Nasdaq, a China parte do banco Morgan Stanley, e o Barein a McLaren.
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