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28 de julho, Dia do Agricultor


Roberto Ivan Rovagnelli
O Dia do Agricultor é comemorado no dia 28 de julho. Essa data foi criada desde 1960, em comemoração ao centenário da criação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. É muito importante conhecer um pouco sobre essa antiga atividade humana.
Independente do tempo, os produtores rurais trabalham no sol, na poeira, na chuva, na lama, com estradas ruins e legislações péssimas. Tentando no seu dia a dia tirar seu sustento, jamais esmorecem e sempre sonham com “o ano que vem vai ser melhor”.
Os agricultores são peças fundamentais na engrenagem do desenvolvimento econômico nacional, na balança comercial e na mesa de todos os brasileiros. Os agricultores têm a árdua missão de plantar, apesar das inúmeras dificuldades que enfrentam com o clima desfavorável, que muitas vezes exigem o máximo do produtor para não perder sua produção, se não bastasse a falta de linhas de crédito para incentivar os setores agrícolas, depreciação do produto, etc.
Ao levantar de manhã, o essencial seria, ao menos, tomar um copo de café com leite e comer um pão com manteiga. Ao meio-dia, comer um prato de arroz com feijão, batatas fritas, salada e um suculento bife. À tarde, ou antes, do jantar, seria ideal saborear pelo menos uma fruta. No jantar, pode ser o prato mais variado possível, pois no Brasil se produzem de tudo em questão de alimentos graças ao clima, extensão territorial e agricultura diversificada.
Precisamos, portanto, fazer com que estes trabalhadores agrícolas tenham o seu valor devidamente reconhecido e receber uma remuneração justa, assim como qualquer outro trabalhador brasileiro.
Necessitamos urgente de uma política nacional agrícola, onde o produtor receba um preço justo pelo seu produto e o consumidor tenha preço acessível e de boa qualidade.
A globalização ainda não chegou à política agrícola do Brasil, ao contrário dos países desenvolvidos do Primeiro Mundo, em que a agricultura é subsidiada, ou seja, é garantido um preço mínimo pelo produto agrícola. No Brasil, o produtor, muitas vezes, não consegue cobrir os custos de sua produção agrícola, o que acaba gerando uma grande oscilação de preço durante o ano todo.
A resposta a isto, com certeza, é um melhor controle que deveria ser feito pelo poder público, regendo os plantios com incentivos nas épocas corretas, com base em dados e pesquisas agropecuárias e subvenção dos principais itens de importância econômica de modo a equilibrar a balança agrícola interna, ou seja, os preços dos produtos altos demais se fecham a exportação e incentiva-se a produção; preços baixos demais se abrem a exportação e fecham-se os incentivos e com certeza virá em substancial aumento da produção agrícola com melhora da qualidade.
Com isso, o País ganha, pois terá mais alimento para o abastecimento interno e, principalmente, para exportação. Toda a população brasileira seria beneficiada com aumento da oferta e preços justos, a diferença bancada por um fundo agrícola nacional, formado pelos impostos dos produtos exportados e importados.
Nossos governantes não conseguiram, até o presente momento, perceber o potencial que os produtores rurais, principalmente os médios e pequenos, representam para a economia do País.
Mas acredito que está cada vez mais próximo o reconhecimento desta classe trabalhadora.

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