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Controle biológico de pragas na soja

Leia sobre o controle biológico de pragas na soja.


Foto: Canva

Todos os anos as pragas causam bilhões de reais em prejuízos na cultura da soja. O controle químico com o uso de inseticidas químicos é muito utilizado, porém, pode causar algumas consequências como a contaminação ambiental, resíduos nos alimentos, aumento da resistência das pragas aos inseticidas etc.

O controle biológico consiste em controlar as pragas com o uso dos seus inimigos naturais, que podem ser outros insetos benéficos, predadores, parasitoides ou microrganismos, como bactérias, fungos ou vírus. Esse tipo de controle não deixa resíduos nos alimentos, além de não contaminarem o meio ambiente.

O uso do controle biológico tem sido recomendado no manejo integrado de pragas, muitas vezes em rotação com produtos químicos, sendo uma importante ferramenta para o manejo de populações resistentes a inseticidas químicos.

O controle biológico também ocorre naturalmente, dependendo da abundância da biodiversidade vegetal e histórico da área. Favorecer o ambiente para estes organismos é um dos métodos de promover o controle biológico, mas estes organismos de controle também podem ser inseridos na área através de produtos registrados.

Ressaltamos que, para diversos casos abaixo, é importante realizar testes de aplicação e de campo, verificando a melhor forma de aplicar mantendo a viabilidade do produto na área. É fundamental verificar também a compatibilidade dos bioinsumos com agrotóxicos antes de qualquer aplicação.

 

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Controle biológico de pragas na soja com bactérias entomopatogênicas
Controle biológico de pragas na soja com vírus entomopatogênicos
Controle biológico de pragas na soja com fungos entomopatogênicos
Controle biológico de pragas na soja com nematoides entomopatogênicos
Controle biológico de pragas na soja com parasitoides
Controle biológico de pragas na soja com artrópodes

 

Controle biológico de pragas na soja com bactérias entomopatogênicas

Bacillus thuringiensis (Bt)

Trata-se do agente de controle microbiano mais usado no mundo. Esse organismo possui diversos fatores de virulência sobre as pragas, sendo as proteínas Cry as principais, causando efeitos tóxicos nos intestinos de insetos-pragas das ordens Lepidoptera, Coleoptera e Diptera. Além disso, os efeitos de controle de Bt já foram observados em outras ordens como Hemiptera, Hymenoptera e Orthoptera. Já foram observados resultados promissores para o percevejo marrom Euschistus heros.

Quando as pragas ingerem as toxinas, essas são processadas no intestino do hospedeiro, e se ligam às células que revestem o intestino. Esses bioinseticidas são ambientalmente seguros e altamente específicos no seu modo de ação, causando baixo ou nenhum efeito em organismos não alvos que possam ser benéficos ao ambiente, como inimigos naturais, animais ou seres humanos. Possuem grande eficácia, podendo ser até mais eficazes do que inseticidas químicos a longo prazo.

Quanto às desvantagens, esses produtos podem ser degradados pela temperatura ou pela radiação, ou podem ser incompatíveis com inseticidas químicos nas misturas. Quanto à temperatura, radiação e incompatibilidade, a tecnologia de encapsulamento pode proporcionar maior proteção da bactéria.

Como os mecanismos envolvidos na mortalidade de pragas são complexos, os bioinseticidas à base de Bacillus thuringiensis possuem menor probabilidade de selecionar populações de pragas resistentes do que os inseticidas químicos.

Existem bioinseticidas feitos à base de Bt registrados para diversas espécies de pragas na soja: 

  • Chrysodeixis includens (lagarta-falsa-medideira);
  • Helicoverpa armigera (lagarta helicoverpa, lagarta-do-algodão, lagarta-do-tomate etc.);
  • Helicoverpa sp.;
  • Spodoptera frugiperda (lagarta-militar);
  • Anticarsia gemmatalis (lagarta-da-soja);
  • Chloridea virescens (lagarta-das-maçãs);
  • Spodoptera eridania (lagarta-das-folhas);
  • Rachiplusia nu (lagarta-falsa-medideira).

Dentre as subespécies de Bt, a Bacillus thuringiensis kurstaki é a mais importante, estando presente na maioria dos bioinseticidas Bt.

Além do controle de pragas, as bactérias Bacillus podem também promover o controle de doenças da soja como mofo-branco, ferrugem-asiática, antracnose, rizoctoniose, fusariose, mancha parda, mancha alvo, cercosporiose etc, além do controle de nematoides. Além disso, essas bactérias podem promover o crescimento das plantas, melhorar a estrutura do solo e biorremediar metais pesados no solo.

 

Controle biológico de pragas na soja com vírus entomopatogênicos

Os baculovírus são vírus de insetos usados como agentes de controle de insetos-praga, sendo ao mesmo tempo seguros para humanos e animais, podendo ser produzidos em larga escala. Quando ingeridos, os baculovírus atingem as células de revestimento do intestino da praga, causando uma infecção, escapando das células do intestino e atingindo outras partes do corpo do inseto, causando a morte celular e lise. O inseto perde o apetite, tem sua movimentação afetada e o tegumento fica descolorido. Em estágios avançados de infecção, as larvas ficam murchas, letárgicas e possuem o comportamento de subir para o topo da planta antes da morte.

A morte das pragas ocorre entre cinco dias e três semanas após os primeiros sinais de infecção. Após a morte, a cutícula do corpo da larva se rompe, liberando o vírus no ambiente, contaminando outras lagartas.

Existem produtos para o controle de Anticarsia gemmatalis, Chrysodeixis includens, Spodoptera eridania, Spodoptera cosmioides e Spodoptera frugiperda. Os baculovírus podem ser aplicados junto com fungos ou bactérias entomopatogênicas.

Os baculovírus podem ser usados junto com agrotóxicos que não aumentam o pH da calda de aplicação. Claro, deve-se considerar cada caso, o uso de um bioinseticida seletivo com um inseticida de amplo espectro resulta em uma combinação não seletiva. Já o uso do vírus com inseticidas seletivos não deve ser muito repetido, evitando intensa pressão de seleção e formação de populações de pragas resistentes.

A performance desses produtos depende da virulência do vírus, dose aplicada e permanência do inóculo no tecido alvo do inseto-praga. Formulações que favoreçam a fixação nesses tecidos e que promovam a defesa contra a luz ultravioleta favorecem a persistência dos produtos no ambiente.

 

Controle biológico de pragas na soja com fungos entomopatogênicos

O uso de fungos para o controle de pragas é um controle biológico pouco visível ou até invisível, pois trata-se de um microrganismo cujo sintomas de ataque são pouco perceptíveis. Possuem amplo espectro de ação e podem infectar insetos em diferentes estágios de desenvolvimento. A dispersão natural desses fungos permite também o efeito em gerações futuras da praga.

Os fungos podem desempenhar uma ação conjunta (sinérgica) com outros agentes de controle biológico, ou uma ação sem interferência de um sobre o outro (aditiva). Ao contrário de outros agentes de controle biológico, os fungos não precisam ser ingeridos pelas pragas, pois infectam estas através do contato. Para que os fungos infectem os insetos, deve haver alta umidade relativa, temperaturas amenas e proteção contra a radiação ultravioleta.

Os fungos absorvem os nutrientes no corpo das pragas, destroem as células hospedeiras, produzem toxinas e se multiplicam, iniciando a colonização. Quando as hifas atingem a hemolinfa do inseto, crescem e formam uma estrutura que toma conta de todo o corpo do inseto, produzindo e liberando metabólitos que inibem o desenvolvimento de outros microrganismos e favorecem o crescimento do fungo, atuando também como uma toxina para o hospedeiro. Posteriormente o inseto morre e estruturas do fungo são liberadas novamente no ambiente, infectando outros insetos.

Na soja, para o controle de pragas, podem ser usados fungos Beauveria bassiana, Metarhizium spp. e Isaria fumosorosea.

 

Beauveria bassiana

Junto com outras espécies de Beauveria, são facilmente produzidos e possuem uma ampla gama de hospedeiros, sendo a espécie mais comum e cosmopolita causadora de doenças nos artrópodes. Ao infectar as pragas, esse fungo libera diversos metabólitos que agem como toxinas para o inseto.
O fungo é recomendado para o controle de várias pragas:

  • acaro rajado (Tetranychus urticae);
  • pulgão (Aphis gossypii);
  • mosca-branca (Bemisia tabaci);
  • moleque-da-bananeira (Cosmopolites sordidus);
  • cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis);
  • cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta);
  • vaquinha ou brasileirinho (Diabrotica speciosa);
  • mosca-minadora-dos-citrus (Diaphorina citri);
  • percevejo-marrom-da-soja (Euschistus heros);
  • tripes (Frankliniella occidentalis);
  • gorgulho-do-eucalipto (Gonipteros scutellatus);
  • broca-do-café (Hypothenemus hampei);
  • bicudo da cana-de-açúcar (Sphenophorus levis);
  • tripes (Thrips tabaci).

 

Metarhizium spp.

O gênero Metarhizium, com destaque para as espécies Metarhizium anisopliae e Metarhizium rileyi, pode ser usado de forma eficiente para o controle de insetos-praga na soja. Nas pragas, esses fungos causam a "doença-verde", podendo infectar mais de 200 espécies de pragas:

  • Ácaro rajado (Tetranychus urticiae)
  • Cigarrinha-da-raiz (Mahanarva fimbriolata);
  • Cigarrinhas-das-pastagens (Deois flavopicta e Zulia entreriana);
  • Broca-do-café (Hypothenemus hampei);
  • Mosca-branca (Bemisia tabaci Biótipo B);
  • Lagarta-das-folhas (Spodoptera eridania);
  • Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)
  • Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens);
  • Percevejo-castanho (Scaptocoris castanea)
  • Tripes (Frankliniella schultzei);
  • Percevejo-marrom (Euschistus heros);
  • Percevejo-marrom (no caso de produtos combinados com Beauveria bassiana).

 

Isaria fumosorosea

Este fungo pode ser usado para controlar as seguintes pragas:

  • Mosca-branca (Bemisia tabaci);
  • Psilídeo-cítrico-asiático (Diaphorina citri);
  • Lagarta (Helicoverpa armigera);
  • Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis)

 

Aplicando fungos entomopatogênicos para o controle biológico de pragas na soja

Para o controle de insetos e ácaros, os fungos podem ser aplicados de forma inoculativa, aplicando-os em alguns locais para se estabelecerem, de forma inundativa, aplidando-os em toda a área, ou de forma conservativa ou por incremento, fazendo a manutenção dos fungos que ocorrem de forma natural ou foram aplicados na lavoura.

Visando promover a permanência e atividade dos fungos entomopatogênicos, devemos conhecer os fatores que atuam nos fungos e na infecção. Altas temperaturas junto com radiação UV diminuem a eficiência do controle biológico com fungos. Quanto ao sistema de cultivo, o sistema de plantio direto favorece o desenvolvimento dos fungos entomopatogênicos. O uso de defensivos químicos também pode afetar a sobrevivência desses fungos, tanto os de ocorrência natural como os aplicados, matando ou desativando a viabilidade dos propágulos, principalmente no caso de uso de fungicidas para o controle da ferrugem da soja.

A seletividade aos fungos entomopatogênicos pode ocorrer pelo tempo, quando as aplicações dos fungos e dos fungicidas ocorrem em épocas / períodos diferentes, ou pelo espaço, quando o fungicida não entra em contato com o entomopatógeno, como por exemplo na aplicação localizada ou de produtos granulados.

 

Controle biológico de pragas na soja com nematoides entomopatogênicos

Os nematoides entomopatogênicos se associam a bactérias simbiontes, e causam doenças nos hospedeiros. Os nematoides das famílias Steinernematidae e Heterorhabditidae, associados às bactérias dos gêneros Xenorhabdus e Photorhabdus, são os mais estudados para o controle biológico nesse grupo.

Cada nematoide associa-se a apenas uma espécie de bactéria, através de uma associação mutualística. O nematoide penetra nas pragas hospedeiras, proporciona disseminação e proteção para a bactéria associada, ao passo que essa mata a praga hospedeira em aproximadamente 48 horas, e sintetiza nutrientes e antibióticos para o nematoide. 

Após algum tempo dentro do cadáver da praga, quando os nutrientes vão diminuindo, os nematoides juvenis migram para o solo e vão em busca de um novo hospedeiro. Estes podem se deslocar pelo solo em busca de hospedeiros, ficarem pouco móveis à espera de um hospedeiro ou apresentarem um comportamento intermediário.

A sobrevivência dos nematoides associados às bactérias no ambiente depende de fatores bióticos e abióticos, como a presença de microrganismos antagonistas ou sinérgicos, características do solo, condições climáticas, horários de aplicação etc.

Quanto ao uso desses organismos para o controle de pragas na soja, a ciência ainda carece de mais estudos para alavancar essa prática, porém, algumas pesquisas já foram realizadas. Alguns estudos abaixo foram realizados na soja, e outros em outras culturas, não deixando de apresentar um grande potencial para o controle também na cultura da soja.

 

Controle de pragas das raízes da soja

  • Corós da soja (Scarabaeoidea): Como os corós passam a maior parte ou até todo o ciclo de vida no solo, os nematoides, que também ocupam esse espaço, podem atuar como um bom agente de controle. Estudos já comprovaram resultados positivos do uso de larvas do nematoide Steinernema brasiliense em coró-do-milho (Liogenys suturalis), que também pode ocorrer na soja. Outros estudos também já evidenciaram resultados positivos do controle de nematoides em corós Diloboderus abderus, Phyllophaga bicolor, Phyllophaga menetriesi etc;
  • Cochonilhas (Dysmicoccus brevipes e Pseudococcus spp.): alguns estudos observaram resultados positivos na avaliação do uso de nematoides para o controle de espécies de cochonilhas farinhentas que atacam as raízes, como Dysmicoccus vaccini, Dysmicoccus texensis, Dysmicoccus spp. (Guide et al., 2016) e Dysmicoccus brevipes. Neste cenário, temperaturas de aproximadamente 25ºC são mais favoráveis para o controle biológico pelos nematoides;
  • Vaquinha verde amarela / brasileirinho / patriota (Diabrotica speciosa): os nematoides podem controlar a Diabrotica speciosa, principalmente na fase larval e de pupa, porém, existem poucos estudos nesse âmbito. Os pesquisadores observaram que o momento de aplicação é fundamental para o sucesso do controle.

 

Controle de pragas de plântulas da soja

  • Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus): alguns estudos mostraram a capacidade de Heterorhabditis amazonensis GL controlar pupas e larvas de lagarta-elasmo em casa de vegetação em plantas de milho. Através desses estudos pode-se observar o potencial do uso dos nematoides para o controle de lagarta-elasmo na soja, porém, ainda são necessários mais estudos.
  • Agrotis spp.: alguns estudos com Steinernema carpocapsae e Steinernema feltiae mostraram resultados significativos para o controle de larvas de lagarta-rosca em outras culturas. Trata-se de espécies potenciais para o controle desta praga na soja.

 

Controle de pragas de folhas da soja

  • Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda): as espécies S. arenarium e Heterorhabditis amazonensis causaram até 90% de mortalidade das larvas de lagarta-do-cartucho em diversos estudos realizados em casa-de-vegetação, e resultados significativos em testes a campo. Outras espécies também controlaram a lagarta-do-cartucho em outros estudos, como Heterorhabditis indica, Steinernema diapresi, Steinernema feltiae, Steinernema riobrave e Steinernema carpocapsae.
  • Helicoverpa armigera: estudos realizados com o nematoide Steinernema feltiae para o controle de H. armigera obtiveram até 100% de mortalidade em algumas doses, causando infecção principalmente nos ínstares iniciais das lagartas. Outras espécies de nematoides também apresentaram ótimos resultados para o controle biológico de H. armigera, como Steinernema carpocapsae, Steinernema masoodi, Steinernema seemae, Steinernema glaseriHeterorhabditis bacteriophoraHeterorhabditis indica.

 

Controle de pragas de grãos e vagens da soja

Alguns estudos foram conduzidos, em condições de laboratório, casa-de-vegetação e campo, observando efeitos de controle em percevejos da soja causados por nematoides entomopatogênicos. Alguns isolados de Heterorhabditis amazonensis proporcionaram  resultados significativos na mortalidade da praga Percevejo marrom (Euschistus heros) em testes conduzidos em laboratório e campo. Essa praga também foi controlada por isolados dos nematoides Steinernema diaprepesi, Steinernema carpocapsae e Steinernema carpocapsae, aplicados em areia.

 

Controle biológico de pragas na soja com parasitoides

Os parasitoides são aqueles organismos que necessitam de um hospedeiro para completar o seu ciclo de vida, matando o inseto hospedeiro. Para as pragas de soja, os parasitoides mais comuns são das ordens Diptera e Hymenoptera. Esses parasitoides podem ocorrer naturalmente no sistema produtivo ou podem ser aplicados como biodefensivos.

Os parasitoides são classificados como ectoparasitoides (se desenvolvem fora dos insetos parasitados) ou endoparasitoides (se desenvolvem dentro dos hospedeiros). Além disso, também podem ser classificados em solitários (um único indivíduo se desenvolve por organismo atacado) ou gregários (múltiplos indivíduos por hospedeiro).

Dos parasitoides que mais controlam as pragas da ordem Lepidoptera, estão as "vespinhas" parasitoides de ovos. Trata-se de uma alternativa interessante pois, caso o o controle falhe, ainda há tempo para usar outra ferramenta de controle evitando grandes prejuízos na cultura. Nesse caso, deve-se monitorar os ovos na lavoura.

As vespinhas podem parasitar ovos das pragas em todas as regiões das plantas, podendo às vezes ser até mais eficientes que inseticidas químicos, que podem não atingir os alvos por causa do "efeito guarda-chuva". Além disso, o uso dos parasitoides proporciona efeitos econômicos e ambientalmente positivos, diminuindo o uso de agrotóxicos, sendo importante até para exportações para países com diferentes mercados.

Dentre as espécies de parasitoides mais usadas, temos o gênero Trichogramma, bastante agressivo e de fácil criação, sendo a espécie Trichogramma pretiosum a mais encontrada, parasitando mais de 90% dos ovos de lepidópteros na soja, sendo por isso o primeiro produto macrobiológico registrado para uso comercial para o manejo de pragas como a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) e lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) na soja. A vespinha se desenvolve dentro do ovo da lagarta, matando a praga, e a fase adulta do Trichogramma têm vida livre. Uma única fêmea pode parasitar cerca de 50 ovos em 4 a 5 dias de vida do adulto.

Outro parasitoide bastante promissor é o Tetrastichus howardi, que parasita lagartas e pupas de diferentes pragas lepidópteras na soja. Acredita-se que os produtos com esse organismo sejam lançados em breve para a cultura da soja no Brasil. Esse parasitoide tem alta taxa de multiplicação em hospedeiros alternativos, e pode parasitar tanto as lagartas quanto as pupas, aumentando as chances de sucesso do controle das pragas.

 

Controle biológico de percevejos na soja com parasitoides hemípteros

Existem diversas espécies de micro himenópteros que podem parasitar os percevejos, como por exemplo as espécies Telenomus podisi e Trissolcus basalis, que parasitam os ovos dessas pragas. Existem pelo menos 23 espécies que parasitam os ovos de percevejos da soja, mantendo a população dessas pragas abaixo dos níveis de ação.

A espécie T. basalis pode ser usada para controlar o percevejo verde (Nezara viridula), ao passo que Telenomus Podisi pode ser usada para parasitar ovos do percevejo-marrom (Euschistus heros). Telenomus podisi é um parasidoite microhimenóptero que se desenvolve dentro dos ovos do percevejo, matando-o, e posteriormente emergindo um adulto do parasitoide que irá parasitar novos ovos do percevejo. Uma fêmea pode parasitar entre 100 e 200 ovos de percevejo. Se a quantidade de T. podisi presente na natureza não for suficiente para manter os percevejos em níveis baixos, pode-se liberar esse parasitoide na lavoura. Porém, a aplicação deve ser feita no momento correto, sempre monitorando a lavoura, e aplicando quando for detectada a presença dos primeiros adultos da praga, e, consequentemente, dos primeiros ovos. Além disso, recomenda-se não liberar as vespinhas em momentos muito quentes, reduzindo a mortalidade dos parasitoides.

Ao se aplicar parasitoides de ovos de pragas na soja, deve-se tomar alguns cuidados:

  • Densidade de insetos liberados: depende das características do parasitoide, devendo ser observada as orientações do fabricante;
  • Interação com outros produtos: como esses produtos são feitos com organismos vivos, a interação com outros produtos pode impactar negativamente na vida destes. Agrotóxicos não seletivos ou até outros bioinsumos podem causar efeitos negativos. Para isso, procure saber sobre a compatibilidade entre os produtos.
  • Tecnologia e momento de aplicação: as espécies T. pretiosum e T. podisi podem ser liberadas nos estágios de pupa ou adulto, sendo o estágio de pupa preferido pelas empresas por conta da maior facilidade de aplicação quanto à mecanização. A liberação deve ser feita nos horários com temperaturas mais amenas, próxima a emergência dos adultos, quando também ocorrem os primeiros ovos das pragas, ou até quando o ovo hospedeiro já esteja no campo, de forma que os parasitoides não fiquem muito tempo à mercê do clima ou de outros predadores.
    Vale destacar que quanto mais jovem for o ovo, maior a chance de parasitismo, e quanto mais tardia a aplicação, menos os ovos das pragas serão suscetíveis ao parasitoide. Percebe-se que o monitoramento dos adultos é fundamental, podendo ser feito com armadilhas. O período de maior predação do parasitoide depende da espécie, e deve coincidir com a fase mais inicial do ovo. Além disso, a liberação quando as plantas não estão completamente desenvolvidas (expondo os parasitoides ao sol) pode reduzir a eficiência da aplicação. Outro ponto importante é que, como as vespas são pequenas, deve-se considerar a direção do vento predominante na área de aplicação.

 

Controle biológico de pragas na soja com artrópodes

Existem diversos predadores que podem ser usados para controlar pragas na soja, como as epécies dos gêneros Orius e Geocoris, além de joaninhas, ácaros predadores, aranhas e carabídeos. Para manter estes predadores na área, deve-se conservar a biodiversidade vegetal. Áreas de cultivo próximas a fragmentos florestais possuem maior riqueza de predadores, ocorrendo menos prejuízos com pragas.

Árvores presentes nos fragmentos florestais podem atrair insetos predadores de pragas na soja, como o marimbondo, moscas predadoras, besouros estafilinídeos e percevejos reduvídeos. Além disso, as plantas daninhas, a rotação de cultura e a adubação verde podem contribuir para a biodiversidade, beneficiando o agroecossistema.

As plantas daninhas, apesar de trazerem diversos prejuízos, devem ser manejadas com critério, pois a presença destas plantas em lavouras com terraços pode servir de abrigo e alimento para predadores de pragas, como os predadores carabídeos, que são favorecidos pela presença de poaia-branca e nabiça, e podem predar pragas de soja, como as lagartas, e até se alimentar de sementes de plantas daninhas.

Já os adubos verdes na rotação / sucessão de culturas, além de trazerem benefícios para o solo, também podem favorecer a presença dos inimigos naturais das pragas de soja. Plantas como o centeio podem aumentar a presença de espécies predadoras como crisopídeos e sirfídeos (moscas-das-flores que se alimentam de pragas como pulgões e lagartas em primeiro e segundo instar), enquanto o nabo forrageiro pode atrair coccinelídeos, e o tremoço branco pode favorecer o percevejo-pirata e crisopídeos.

Diversos estudos elucidam a importância econômica dos predadores, como por exemplo um estudo feito por Naranjo et al. (2019), que demonstrou que a presença de predadores na soja proporcionam uma economia de 41 dólares por hectare.

 

Espécies de artrópodes predadores de pragas

Ácaros predadores podem controlar ácaros fitófagos, mosca-branca e tripes. Dentre esses ácaros, algumas espécies de fitoseídeos se destacam:

  • Amblyseius tamatavensis: é um predador que se alimenta de diversos ácaros e de pequenos insetos, além de consumir ovos de mosca-branca, podendo reduzir infestações de até 80% em alguns casos de Bemisia tabaci (biótipo B);
  • Neoseiulus californicus: pode controlar o ácaro rajado e ácaros do gênero Tetranychus;
  • Neoseiulus idaeus: possui potencial de controle de ácaros Tetranychus urticae;
  • Stratiolaelaps scimitus: comercializado para o controle de algumas espécies de tripes em fases de pré-pupa e pupa.

Além disso, existem outras espécies de ácaros predadores, como os das famílias Laelapidae, Parasitidae, Podocinidae, Rhodacaridae, Veigaiidae, mas poucos são comercializados para o controle biológico.

Além dos ácaros, vários grupos de insetos predadores também podem predar pragas, tendo potencial de uso como bioinsumo, como as espécies das ordens Coleoptera, Diptera, Hemiptera, Neuroptera, Dermaptera, Thysanoptera e Hemiptera, porém, sendo apenas o Hemiptera Orius insidiosus comercializado para controle biológico.

Os insetos coccinelídeos, como as espécies Harmonia axyridis Hippodamia convergens, possuem grande potencial de controle de pragas como ácaros, cochonilhas, tripes e mosca-branca. Percevejos predadores, como das famílias Anthocoridae, Geocoridae, Pentatomidae e Miridae, também podem realizar o controle biológico de insetos e ácaros.

Crisopídeos também podem ser usados para controle biológico. As larvas são predadoras de insetos e ácaros, e é comum em outros países a liberação inundativa desses insetos para controle biológico.

 

Anderson Wolf Machado - Engenheiro Agrônomo

 

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