PR: safra de pepino cresce, mas preço oscila

O pepino segue como uma cultura relevante no Paraná, com crescimento expressivo nos preços e forte participação no Valor Bruto da Produção (VBP) do estado. Segundo o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), a produção do estado gerou um VBP de R$ 149,1 milhões em 2023, com 71,8 mil toneladas colhidas em 2,6 mil hectares.

O Paraná se destaca como terceiro maior produtor nacional, segundo o IBGE, sendo responsável por 10,2% do VBP do país e 9,9% da produção total. A cultura está presente em 356 municípios paranaenses, sendo que os três principais polos produtivos—Curitiba (29,6%), Jacarezinho (22,7%) e Cornélio Procópio (11,5%)—responderam por 63,8% da produção e do VBP estadual.

O município de Cerro Azul lidera a produção paranaense, com 225 hectares cultivados, 5,1 mil toneladas colhidas e um VBP de R$ 10,5 milhões. Ibaiti e Morretes aparecem logo atrás, com 4,9% e 4,8% da produção total, respectivamente.

Os preços médios do pepino Aodai dispararam nos últimos meses. Em janeiro de 2025, os produtores receberam R$ 41,34 por caixa de 22 kg (R$ 1,88/kg), representando uma alta de 39,8% em relação a dezembro de 2024. No entanto, o valor ainda está 12,2% abaixo do registrado em janeiro de 2024 (R$ 47,07/cx22kg, ou R$ 2,14/kg).

Na Ceasa Curitiba, a caixa de 20 kg do pepino dobrou de preço desde o início do ano, passando de R$ 30,00 para R$ 60,00. Em janeiro de 2024, o aumento foi de 20%, chegando a R$ 50,00/cx20kg. No varejo, o quilo do pepino Aodai foi vendido, em média, a R$ 5,00, um salto de 64,2% em relação a dezembro de 2024 (R$ 3,04/kg), mas 5,8% abaixo de janeiro de 2024 (R$ 5,30/kg).

Segundo a análise do Deral, as oscilações de preço estão diretamente ligadas às ondas de calor intenso, que afetam a oferta e a qualidade do produto. Entre setembro e outubro de 2024, os preços chegaram a ultrapassar R$ 7,00/kg.