Calor intenso pode impactar colheita de arroz
Produtividade cresce, mas calor preocupa no RS
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Segundo o boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (20), a colheita do arroz avança com produtividade satisfatória em diversas regiões no Rio Grande do Sul. Em algumas localidades, as lavouras registram rendimento acima dos 9 mil kg/ha, enquanto em outras há preocupação com os impactos do calor e os custos de irrigação.
Na Fronteira Oeste, a colheita está intensa em Itaqui, com 20% da área já colhida e uma produtividade média de 8.400 kg/ha. Em São Borja, 12% das lavouras foram colhidas, com rendimentos ainda maiores, ultrapassando 9 mil kg/ha e alta qualidade dos grãos.
Na região de Pelotas, a cultura segue dentro da normalidade, com 4% das lavouras em desenvolvimento vegetativo, 44% em floração e 52% em granação. Apesar da boa disponibilidade hídrica, grandes reservatórios apresentam armazenamento parcial, como a Barragem do Chasqueiro, que está com 56% da capacidade.
Em Santa Maria, as chuvas recentes ajudaram a recompor os reservatórios e favoreceram a irrigação. No entanto, os primeiros dados de colheita indicam redução de produtividade em alguns municípios. Em Cacequi, a média está em 6.833 kg/ha, uma queda de 10%, enquanto em Restinga Sêca houve uma redução de 15%, com produtividade de 6.375 kg/ha.
Na região de Santa Rosa, há expectativa de bons rendimentos devido à manutenção da insolação nas últimas semanas. Porém, produtores demonstram preocupação com os custos do bombeamento de água em áreas de solo mais permeável.
Já em Soledade, as chuvas recentes estabilizaram a irrigação e ajudaram na recuperação dos mananciais. A cultura apresenta bom estado sanitário e nutricional, mas a onda de calor superior a 35°C pode ter impactado a produtividade, especialmente nas lavouras em fase de floração. Casos de percevejos e brusone estão sendo monitorados e controlados.