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Rússia: produção de milho sofre impacto com seca prolongada

Precipitações desiguais e calor extremo ameaçam safra de milho na Rússia



Foto: Sempre

De acordo com os dados da edição de setembro do boletim de monitoramento de colheitas na Europa, JRC MARS Bulletin, publicado pelo Serviço de Publicações da União Europeia, a produção de milho em grãos na Rússia Europeia enfrenta uma perspectiva desafiadora devido às condições climáticas extremas registradas em agosto. Após um início de mês frio, as regiões produtoras do sul e oeste do país foram impactadas por um clima excepcionalmente quente e seco a partir de 21 de agosto, resultando em um déficit severo de chuvas que prejudicou as safras.

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Nas duas primeiras semanas de agosto, as temperaturas nas principais áreas de cultivo estiveram entre 1°C e 3°C abaixo da média, com chuvas abundantes, entre 40 e 140 mm, atingindo os distritos de Volga e Central. Por outro lado, as regiões ocidentais e o sul da Rússia, próximas à fronteira com a Ucrânia, sofreram com precipitações extremamente baixas, variando de 1 a 20 mm. Após o dia 21, praticamente nenhuma chuva foi registrada, e as temperaturas subiram entre 1°C e 6°C acima do normal, exceto no sudeste do distrito de Volga, onde os níveis permaneceram dentro da média, conforme dados do boletim.

As chuvas excessivas até 21 de agosto prejudicaram a colheita de cereais de primavera, afetando a qualidade e causando perdas. No entanto, a expectativa de rendimento para esses cereais na Rússia europeia se mantém próxima da média de cinco anos. Já no sul e oeste, as condições secas e quentes resultaram em rápida deterioração das plantações de verão, reduzindo consideravelmente o rendimento esperado.

Segundo os dados do bolteim, a colheita de milho começou mais cedo no sul do país devido à aceleração do desenvolvimento das plantas, mas a expectativa de rendimento permanece abaixo da média de cinco anos. Enquanto isso, a semeadura de cereais de inverno começou no fim de agosto e está progredindo bem, apesar da seca que afeta o solo e a necessidade urgente de mais chuvas para garantir o desenvolvimento inicial.

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