Com a quebra de safra de arroz registrada no Rio Grande do Sul, os preços tendem a se manter elevados. A produção de 4,7 milhões de toneladas de arroz confirmada pelo Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) representa queda de 14,2% sobre a safra anterior e é insuficiente para pressionar as cotações. "A concretização da safra dá a certeza de que os preços não vão recuar", diz Adriano Vendeth, analista da consultoria Solobrazil.
A saca de 50 quilos do produto mantém-se, há três semanas, em torno de R$ 33 no Estado, maior produtor do país. "Mas a expectativa é de que os preços subam a partir das próximas semanas", afirma o consultor. A Solobrazil trabalha com a saca a R$ 36 a partir do segundo semestre. Contudo, há especulações de que possa atingir R$ 40. "No Centro-Oeste e em São Paulo, os valores praticados serão ainda maiores."
A importação dos Estados Unidos, que no segundo trimestre ajudou a pressionar os preços, chegará mais cara aos portos. "Os americanos estão na entressafra." Segundo Pery Coelho, presidente do Irga, o setor trabalha com duas ações a partir de julho. "Vamos iniciar uma campanha de aumento da produtividade da cultura no estado." Outra iniciativa será a de reunir produtores do Sul e Centro-Oeste do Brasil, e do Mercosul para fazer um planejamento da nova safra.