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Gestão eficiente de água em estufas

Fernández demonstrou que é possível reduzir a irrigação entre 30% e 80%



Fernández demonstrou que é possível reduzir a irrigação entre 30% e 80% Fernández demonstrou que é possível reduzir a irrigação entre 30% e 80% - Foto: Katya Ershova

O professor Tom Fernández, da Universidade Estadual de Michigan, desenvolveu estratégias para otimizar o uso de insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas, evitando seu desvio para áreas não-alvo e reduzindo o impacto ambiental, principalmente na qualidade da água. De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, cerca de 500 mil toneladas de pesticidas e 16 milhões de toneladas de fertilizantes são aplicados anualmente nas plantações, o que contribui significativamente para o escoamento que prejudica os recursos hídricos.

Nos estudos realizados em estufas e viveiros, Fernández demonstrou que é possível reduzir a irrigação entre 30% e 80%, dependendo da espécie de planta, ao aplicar água com base nas necessidades diárias de cada planta. Isso não apenas conserva água, mas também minimiza o escoamento de nutrientes e pesticidas. Ele também mostrou que a microirrigação de vasos individuais pode reduzir o escoamento de pesticidas, prevenindo a contaminação de áreas indesejadas.

Fernández e sua equipe foram pioneiros no desenvolvimento de biorreatores para tratar a água utilizada nas estufas, eliminando até 95% dos nitratos e até 87% dos fosfatos presentes na água. Esses biorreatores, feitos com lascas de madeira, se mostraram altamente eficientes, oferecendo uma solução prática e acessível para a descontaminação de águas que não podem ser reutilizadas no processo de produção.

Além disso, a pesquisa atual de Fernández, em parceria com a professora Gemma Reguera, está focada em aprimorar esses sistemas para permitir a remoção de pesticidas da água sem comprometer os nutrientes necessários à produção. O sistema modificado permitiu reciclar até 100% dos nutrientes, além de remover entre 30% e 75% dos pesticidas, dependendo de sua mobilidade na água. Esses avanços são fundamentais para que as indústrias de viveiros e estufas garantam a sustentabilidade de suas operações, reduzindo o impacto ambiental sem comprometer a eficiência da produção.
 

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