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Crescimento do arroz na Europa supera expectativas

Arroz europeu resiste a ondas de calor, mas Bulgária e Romênia enfrentam perdas



Foto: Divulgação

A edição de setembro do boletim JRC MARS, publicado pelo Serviço de Publicações da União Europeia, aponta que a safra de arroz na Europa superou as expectativas, apesar das ondas de calor e temperaturas máximas elevadas registradas em várias regiões. A previsão de rendimento médio na União Europeia está estimada em 6,78 t/ha, 6% acima da média dos últimos cinco anos.

Na Itália, embora o desenvolvimento do arroz tenha sido inicialmente atrasado por frequentes chuvas durante a semeadura em abril e a fase vegetativa em junho e julho, as temperaturas elevadas em agosto e setembro proporcionaram excelentes condições de crescimento. A área cultivada também foi ampliada, com um aumento de 16.000 hectares (+7,5% em relação a 2023), e as regiões do nordeste, como Verona e Ferrara, apresentaram acúmulo de biomassa acima da média.

Na Espanha, o arroz enfrentou um atraso de 15 dias no desenvolvimento devido às baixas temperaturas de junho, mas as condições melhoraram com o tempo. Regiões como Andaluzia e Extremadura registraram acúmulo de biomassa acima da média, embora a Valência tenha sofrido com uma onda de calor entre 25 de julho e 10 de agosto, o que impactou o rendimento. Mesmo assim, a previsão de produção para o país permanece acima da média.

Outras regiões, como a Grécia e Portugal, também mantêm previsões de rendimento elevadas. Na Grécia, o calor extremo foi compensado pela constante disponibilidade de água para irrigação, sustentando o crescimento das plantações. Já no sul da França, o arroz não foi severamente afetado pelas ondas de calor em agosto, com biomassa acima da média desde meados do mês.

No entanto, a situação é diferente nos países do Leste Europeu. Na Bulgária e Romênia, as safras de arroz foram prejudicadas pelas altas temperaturas e seca. Na Bulgária, o clima quente e seco comprometeu as plantações durante a fase reprodutiva, e as imagens de satélite confirmam a acumulação de biomassa abaixo da média. A Romênia enfrentou temperaturas anômalas, com picos de até 36°C em julho, o que resultou em uma previsão de rendimento inferior à média de cinco anos.

Por outro lado, na Hungria, os principais distritos produtores, como Jász-Nagykun-Szolnok e Békés, registraram condições de crescimento acima da média, e a safra avançou 10 dias em relação a uma temporada comum, com uma previsão de rendimento final superior.

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