386 tartarugas chinesas são apreendidas pelo Vigiagro
Há indícios de que os répteis seriam utilizados na medicina tradicional chinesa
O Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Aeroporto Internacional de Guarulhos realizou uma importante apreensão nesta quarta-feira (27). Uma bagagem contendo 386 tartarugas de casco mole chinesas foi interceptada enquanto os animais agonizavam devido às precárias condições de transporte. Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a entrada de animais silvestres no Brasil sem autorizações e certificações zoossanitárias é rigorosamente proibida por questões sanitárias.
A equipe do Vigiagro inicialmente acreditou que a carga poderia conter caranguejos ou peixes frescos. No entanto, ao abrir a bagagem, deparou-se com centenas de filhotes de tartarugas. De acordo com o Mapa, há indícios de que os répteis seriam utilizados na medicina tradicional chinesa, uma prática que, ao longo dos séculos, tem empregado tartarugas para o tratamento de diversas doenças e enfermidades.
Risco à biodiversidade e sanções aplicadas
A entrada de espécies exóticas no país é regulamentada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Animais que não possuem a documentação adequada estão sujeitos a apreensão e outras penalidades. No caso das tartarugas, a falta de autorização levou à aplicação de uma multa de R$ 72 mil ao responsável pelo transporte, que foi liberado após os procedimentos legais.
Preocupante crescimento do contrabando de tartarugas
O crescimento econômico da China tem elevado a preocupação internacional com o risco de extinção de tartarugas em regiões asiáticas. A busca por espécies silvestres para usos medicinais e alimentícios intensifica o contrabando de animais, gerando impactos negativos à biodiversidade global.