Falta de umidade prejudica crescimento de pastagens
Milheto e capim-sudão sofrem atraso no crescimento
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O boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (13), aponta que as condições das pastagens no Rio Grande do Sul variam conforme a região, com chuvas favorecendo algumas áreas e estiagem prejudicando outras.
Na região de Bagé, as pastagens de sorgo forrageiro, milheto e capim-sudão apresentaram bom rebrote após as chuvas de 5 de fevereiro. No entanto, em São Gabriel, as pastagens de braquiárias, panicuns e capim-elefante apresentam crescimento reduzido, exigindo menor carga animal para evitar desfolha excessiva.
Já em Santa Margarida do Sul, a situação é mais crítica, com novas queimadas atingindo grandes áreas de campo nativo.
Na Serra Gaúcha, a luminosidade e as temperaturas favoreceram o desenvolvimento das forrageiras, mas o estresse hídrico limitou o crescimento das pastagens. O capim-sudão e o milheto estão com desenvolvimento atrasado devido à baixa umidade.
No Alto Vale do Taquari, em Dois Lajeados, as chuvas regulares beneficiaram as pastagens. Já em Teutônia e Montenegro, no Baixo Vale do Taquari e Vale do Caí, a falta de chuvas e o calor excessivo dificultaram o crescimento forrageiro, com ataques de cigarrinhas e lagartas sendo registrados.
- Passo Fundo: a escassez de chuvas impactou o crescimento do campo nativo, exigindo roçadas para controle de invasoras.
- Santa Maria: chuvas beneficiaram as pastagens da Quarta Colônia, mas em São Francisco de Assis, a baixa oferta forrageira tem levado ao uso intensivo de feno, silagem e ração, aumentando os custos de produção.
- Santa Rosa: há perda significativa de área foliar em tiftons devido à seca. No milheto e capim-sudão, observa-se menor consumo pelos animais, possivelmente devido à presença de alcaloides nas folhas.