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Cenário da 262º reunião do COPOM


Luiz Antonio Pinazza

Para estar alinhado com a conjuntura macroeconômica os gestores acompanham as renovadas informações em curso no mercado financeiro. O texto na ata da  261ºreunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), de 19 e 20 de março mostra conteúdo conservador. O corte de 0,5%, de 10,75% para 10,25%, previsto para o próximo encontro de 7 e 8 de maio, não se mais se configura como certo. Paira a dúvida do ritmo de corte se reduzir para 0,25%, de modo a aguardar o rumo futuro da economia brasileira.

Com visão de prudência, a avaliação dos membros do colegiado não inclinou decisão para este primeiro semestre. A opção de menor flexibilidade para diminuir a política monetária ficou em aberto. Pelos resultados das coletas de dados do Boletim Focus dos dias 19 e 26 de abril, os economistas mantiveram inalteradas as projeções para a maior parte dos índices.

Depois de quinze semanas seguidas em 9,00 %, pela segunda vez a projeção da taxa básica de juros SELIC subiu de 9,33% para estacionar em 9,50%. Para os anos de 2025, 2026 e 2027 os patamares se mantiveram estável em 8,50%. Isolada, a elevação detectada ocorreu na taxa Selic em 2026, de 8,5% para 8,63%. Variáveis de ordem externa e interna pesarão nas decisões do COPOM durante o segundo semestre

Em 15 de abril, o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) divulgou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025. A previsão da meta fiscal é de superavit zero (economia para o pagamento dos juros da dívida pública).  Diante das incertezas sobre o tamanho da arrecadação impactar a estabilidade da dívida pública, o governo federal decidiu em reduzir o resultado primário de 0,5%.

A posição do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (FED) no Estados Unidos (EUA) em 01/05 mostrou o processo difícil de ocorrer cortes antes da virada de 2024 para 2025. Para arrefecer o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e segurar a inflação, pelo sexto momento a taxa de juros persistiu entre 5,25% e 5,50%. A decisão fortalece e atrai dólar para o país. 

O quadro geral mostra situação fiscal apertada no ambiente interno, com adição de medidas pouco flexíveis no EUA. A tendência do mercado reverteu o sentido de o ciclo de cortes ser efetivado neste primeiro semestre. Para a 262ºreunião do COPOM, a missão do BCB de cumprir medidas sem incorrer de retorno das pressões inflacionárias. Para evitar essa situação, o governo deve seguir metas para as contas públicas sustentarem equilíbrio. As incertezas podem afetar o controle das metas de inflação.

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