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“O milho vai bater a soja”, garante presidente da Abramilho

Para safra 16/17, Brasil deve colher 91,05 milhões de toneladas de milho, segundo FCStone


Ao classificar como “espantoso” o crescimento da produção de milho no Brasil, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, acredita que o cultivo do cereal será superior ao da soja no país.

Para o ciclo 2016/17, o Brasil deve colher safra recorde de 102,8 milhões de toneladas de soja contra 91,05 mi de t de milho, segundo levantamento divulgado pela consultoria agrícola INTL FCStone. Hoje, mais de 88% do milho no Brasil é transgênico.

Em entrevista ao Portal Agrolink, Paolinelli foi enfático ao garantir que a produção de milho está no caminho certo para se tornar protagonista da cadeia agropecuária nacional. “A nossa expectativa é a melhor possível com esta possiblidade do Brasil colher mais de 90 milhões de toneladas neste ano. O milho vai bater a soja por uma razão muito simples. A demanda mundial por proteínas nobres para ração é composta por 70% de milho e 30% soja”, explica.

Alysson Paolinelli vai além ao estimar que a produção de milho vai crescer três vezes mais do que a safra atual. “O milho será o material mais demandado como já é hoje nos Estados Unidos. É uma questão de tempo porque o cereal tem uma demanda prevista nestes próximos 50 anos de 380 milhões de toneladas”, destaca.

Resistência ao milho transgênico está caindo, garante Paolinelli

O presidente da Abramilho ainda ratificou que a resistência aos grãos transgênicos está diminuindo no mundo ao justificar que mesmo em mercados onde o plantio desse tipo de grão é proibido, países da Europa continuam importando milho produzido no Brasil, Argentina e Estados Unidos, por exemplo.

“A Europa não planta, mas já compra. São restrições apenas para falar que existem porque não há nenhum problema com o milho transgênico no mundo. Esta balela que criaram não existe”, pontua.

Mato Grosso lidera uso de biotecnologia agrícola no Brasil

O Mato Grosso lidera o ranking de cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM) com 12,6 milhões de hectares. O Paraná vem logo atrás com 7,23 milhões de ha de transgênicos, segundo levantamento do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA).  A produção expressiva nestes estados é superior, inclusive, a países de produção agrícola como China (3,7 milhões de ha), Paraguai (3,6 milhões de ha), Paquistão (2,9 milhões de ha) e África do Sul (2,3 milhões de ha).

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