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Antracnose

(Colletotrichum coccodes) Culturas Afetadas: Tomate

Sinônimo: Colletotrichum atramentarium

Colletotrichum coccodes é o agente etiológico  de  doenças  como  “antracnose”  e  “black-dot”  em solanáceas, causando prejuízos expressivos em diversas áreas do mundo. O  fungo possui vários sinônimos o que difculta a análise de sua ocorrência e distribuição geográfca, inclusive a adoção de medidas quarentenárias. O patógeno  pode  ser  encontrado com  frequência  causando  doenças  em  diferentes  espécies  e variedades de  solanáceas, mas  é pouco  conhecido no Brasil.

Essa doença tem distribuição mundial, existindo registros na África do Sul, Austrália, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Índia e Nova Zelândia. É um patógeno onívoro, com um amplo círculo de hospedeiros e, além de atacar praticamente todas as variedades comerciais de solanáceas, ataca também diversas ervas daninhas, vegetais, trevo e alfafa, entre outros.

Danos: Em frutos de tomate e pimentão, os sintomas são conhecidos como antracnose afetando o caule, raízes, frutos verdes e maduros, onde se forma uma lesão circular, deprimida, com escurecimento central e produção abundante de acérvulos, setas  e  microesclerócios. Os danos causados por este patógeno resultam tanto na redução  direta  da  qualidade  e  quantidade  do  fruto,  como  no aumento dos custos de produção e de pós-colheita. No batateiro observa-se a colonização de todos os órgãos subterrâneos.

Na raiz e no caule aparece podridão, na superfície dos tubérculos lesões  prateadas  com  intensa  produção  de  microesclerócios pretos.

Nas folhas, o sintoma é amarelecimento e, eventualmente, morte  prematura  da  planta. A  qualidade de tubérculos,  tanto para consumo como para semente, é reduzida. A batata semente infectada pode representar ainda importante fonte de inoculo, inclusive para plantios futuros de solanáceas. As espécies C. gloeosporioides (Penz.) Penz. & Sacc.  e C.  acutatum  J.H Simmons  também ocorrem  em  solanáceas  com  sintomatologia  inicial  parecida, entretanto tais espécies têm micromorfologia diferente, além de não produzirem os microesclerócios pretos, característicos da espécie C. coccodes.

Controle: Apesar de existir fontes de resistência poligênica, não há relatos de variedades comerciais resistentes a C. coccodes.

As sementes devem ser limpas, livres do patógeno e adequadamente tratadas. As plantações não podem ser muito adensadas, e os sulcos devem ser orientados no sentido da circulação dos ventos. Após a colheita, os restos de cultura devem ser retirados do campo e queimados ou enterrados. Em campos com persistência da doença, deve-se realizar rotações de cultura com uma espécie não-hospedeira durante no mínimo um ano. Realizar irrigação por gotejamento ou infiltração, e evitar a irrigação por aspersão. Deve-se evitar também adubação excessiva com nitrogênio. Realizar vistorias periódicas no campo e eliminar os frutos e plantas com sintomas assim que sejam detectados.

Aplicar fungicidas protetores junto com as medidas culturais adotadas, registrados para as culturas.

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