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Óleo de soja ganha fatia no biodiesel do Brasil, ao maior nível desde 2011

Brasil mistura obrigatoriamente 7 por cento de biodiesel no diesel desde o final de 2014


O óleo de soja ganhou participação de outros óleos como matéria-prima do biodiesel do Brasil em 2015, atingindo a maior fatia desde 2011, após o país ter colhido uma safra recorde da oleaginosa em meio a um crescimento na produção do biocombustível, impulsionada por uma mistura mandatória maior no diesel.

A produção nacional de biodiesel alcançou 3,9 bilhões de litros em 2015, um crescimento de 15 por cento em relação a 2014, enquanto o volume de óleo de soja usado para fabricar o biocombustível atingiu 3,04 bilhões de litros, alta de 19 por cento na mesma comparação, informou a associação da indústria de óleos vegetais (Abiove) nesta sexta-feira.

A participação de óleo de soja no biodiesel do Brasil, o segundo produtor global do biocombustível após os Estados Unidos, atingiu 77 por cento da matéria-prima, ante 75 por cento em 2014. A fatia registrada no ano passado foi maior desde 2011, quando o óleo derivado do produto agrícola tinha um percentual de 81 por cento, segundo dados detalhados pela Abiove.

A segunda principal matéria-prima do biodiesel no Brasil, o sebo bovino, perdeu participação para 19 por cento no ano passado, 1 ponto percentual abaixo da de 2014, devido à menor disponibilidade por conta da redução dos abates, ressaltou a Abiove.

O Brasil mistura obrigatoriamente 7 por cento de biodiesel no diesel desde o final de 2014, enquanto a indústria afirma já ter condições de ampliar a participação do biocombustível no diesel no país para 12 por cento, em meio à grande ociosidade nas fábricas e boa oferta de matéria-prima.

A Abiove estima uma safra recorde de 99,4 milhões de toneladas de soja em 2016, crescimento de 3,3 por cento ante a temporada passada, enquanto a produção de óleo de soja está estimada em 8,05 milhões de toneladas, alta de 0,6 por cento.

A Abiove destacou em nota que a maior produção de biodiesel, assim como a queda no consumo total de diesel no país no ano passado, da ordem de 5 por cento, permitiram uma queda de aproximadamente 38 por cento nas importações do combustível fóssil.

O biodiesel, no entanto, segue mais caro que o diesel. Na média de 2015, o preço do diesel S-10 na refinaria foi de 2,04 reais/litro, ante 2,18 reais/litro pago às usinas.

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