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Cosan segue com visão positiva sobre preços de açúcar e etanol em 2017/18

Mercado parece estar um pouco mais otimista sobre a safra brasileira


A empresa brasileira de energia e infraestrutura Cosan mantém uma visão positiva em relação aos preços de açúcar e etanol na temporada 2017/18, diante de safras abaixo das expectativas e da capacidade de produção praticamente estagnada. A diretora de Relações com Investidores da companhia, Paula Kovarsky, afirmou nesta sexta-feira que a produção de outros grandes países produtores acabou sendo menor do que o esperado pelo mercado, corrigindo as quedas de preços observadas no fim do ano passado.

Ela frisou ainda que não vê nenhum crescimento de capacidade que justifique uma expectativa de menores preços. "O mercado parece estar um pouco mais otimista sobre a safra brasileira, mas na nossa visão não há nenhuma mudança estrutural de cenário comparada com o que viemos falando aqui nos últimos trimestres", disse Paula, durante uma teleconferência com analistas de mercado sobre os resultados da empresa.

A executiva reforçou a expectativa de que o mercado não verá picos de preços tão frequentes, ainda que as cotações devam continuar em patamares relativamente elevados. "Talvez a gente não veja o açúcar por 30 cents por libra-peso, mas eventualmente (vamos viver) um ciclo mais longo de preços mais altos, porque não tem nada estrutural na mesa para crescimento de capacidade", afirmou.

O açúcar bruto é negociado em Nova York em torno de 20 centavos de dólar por libra-peso. Na véspera, a Cosan indicou que a moagem da sua joint venture com a Shell, a Raízen, poderá crescer na temporada 2017/18 para até 63 milhões de toneladas de cana, em uma estimativa preliminar.

Na expectativa mais baixa para 17/18, a Cosan vê a moagem da Raízen em 59 milhões de toneladas. "O cenário (da moagem) portanto, por enquanto, é do meio para o topo do range (variação prevista)", comentou Paula.

A executiva ponderou, no entanto, que ainda é cedo para uma projeção mais precisa sobre a moagem de cana da temporada, mas ressaltou que um bom volume de chuvas tem ajudado a safra, que começa a ser colhida oficialmente em abril. A Cosan registrou queda de mais de 70 por cento no lucro líquido do quarto trimestre de 2016, para 178,3 milhões de reais, principalmente por questões contábeis, enquanto o Ebitda somou 1,352 bilhão de reais no mesmo período, queda de 21,4 por cento, na comparação com o ano anterior.

COMBUSTÍVEIS

Já sobre a Raízen Combustíveis, Paula Kovarsky afirmou que a empresa mostrou, pelo 15º trimestre consecutivo, desempenho acima da média de mercado, pautado no crescimento sustentável da rede de postos revendedores. A diretora disse esperar uma pequena recuperação do mercado de combustíveis neste ano, dependendo do desempenho da economia. Ela também comentou que a nova política de preços da Petrobras vai criar maiores dificuldades para a previsão de preços dos combustíveis neste ano.

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