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Bahia Pesca realizará pesquisa com o peixe panga

O objetivo é avaliar a viabilidade técnica, econômica e ambiental da produção desta espécie, criada em vários países, principalmente no Vietnã


A Bahia Pesca contratou o pesquisador Fernando Kubitza, PhD em aquicultura e especialista em Nutrição e Produção de Peixes, para realizar estudo preliminar sobre a criação do peixe panga (pangasius) no Brasil. O objetivo é avaliar a viabilidade técnica, econômica e ambiental da produção desta espécie, criada em vários países, principalmente no Vietnã.


O assessor técnico da Bahia Pesca, Eduardo Rodrigues, informa que “no Brasil as importações de Pangasius começaram em 2009 e aumentam a taxas superiores a 200% ao ano”. Segundo avaliações, 2012 teve volume de importação superior a 35 mil toneladas de filé, o equivalente a 80 mil toneladas de peixe inteiro.

O preço baixo do filé do Panga (que pode ter valoração muito distinta dependendo da qualidade do filé e do nível de inclusão de água no produto, que pode chegar a 40%) foi um fator decisivo para o sucesso do produto junto aos consumidores no Brasil, a exemplo do que tem ocorrido em outros países.

Eduardo Rodrigues disse que com relação à viabilidade técnica devem ser observados os insumos investidos na produção, custos da mão de obra e produtividade da espécie em tanques-redes e tanques-escavados.

Na área econômica, será analisado se o custo da produção do panga fica inferior ao preço do peixe importado. Já na área ambiental, a avaliação será o impacto provocado pela introdução de uma espécie exótica no nosso ecossistema.

“O Brasil está importando do Vietnã, mas, a tendência é que num futuro próximo este peixe chegue aqui oriundo também de outros países,” prevê Eduardo Rodrigues. Ele diz que um ponto positivo com relação ao estudo do panga no Brasil, “é que dará maior segurança ao consumidor com relação à qualidade do produto”.


De acordo com Isaac Albagli, que está deixando a presidência da Bahia Pesca, “este estudo é um passo muito importante para novas estratégias em busca do fortalecimento da aquicultura no estado. Entretanto, devemos levar em consideração os aspectos positivos da produção e comercialização e o contraponto ambiental”.

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