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MT: setembro fechou com alta

Algodão e soja puxaram VBP no Estado


A produção agropecuária mato-grossense encerrou setembro com valor estimado de R$ 55,70 bilhões, 3,9% acima do realizado em 2013. Foi a primeira vez neste ano que o cálculo do Valor Bruto da Produção (VBP) superou o realizado no ano passado. A evolução foi puxada, conforme o Ministério da Agricultura, pelo algodão e pela soja. Considerando apenas a agricultura, Mato Grosso segue com o maior faturamento estimado do país, R$ 44,76 bilhões, superando São Paulo. A receita gerada pelas lavouras representa mais de 80% do total do VBP estadual. 

No início da série histórica do Ministério, em 2005, o VBP estadual havia somado R$ 21,18 bilhões. Comparando com a receita agrícola estimada em setembro, há uma evolução de mais de 111% no período. 

O VBP, divulgado ontem pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), é calculado mensalmente e considera a média das cotações do período, multiplicada pela produção. Enquanto o VBP agropecuário do Estado apresentou alta anual de 3,9%, o nacional, estimado em R$ 438 bilhões, revela incremento de apenas 1%. 

No VBP agrícola, Mato Grosso contabilizou alta de preços em três das cinco principais culturas: algodão, arroz e soja. Cana-de-açúcar e milho retraíram as receitas. Na receita gerada pela pecuária, das quatro atividades (bovinos, suínos, aves e leite), apenas o leite mantém projeção positiva ante 2013. 

De acordo com os dados da AGE/Mapa, a soja segue como a principal commodity estadual. O faturamento estimado em setembro foi de R$ 24,25 bilhões ante R$ 21,96 bilhões. A evolução da receita foi ainda inferior à variação da produção que da safra 2012/13 para a 2013/14 (que está sendo ainda aferida mensalmente pelo Mapa) aumentou mais de 11%. 

O maior incremento vem da pluma. A fibra registra valorização de mais de 31% e recupera a segunda colocação do ranking mato-grossense, perdida de forma inédita no ano passado para o milho. O ganho em cifras é quase proporcional à expansão da produção e assim como a soja, não indica incremento das cotações. Conforme o Mapa, o VBP do algodão fechou o mês passado com receita de R$ 10,24 bilhões ante R$ 7,77 bilhões nos doze meses de 2013. 

O arroz apresenta ganho anual de 6,53% na comparação entre os VBPs de 2013 com a estimativa de 2014, de R$ 338,56 para R$ 360,68. 

Entre as baixas, a maior perda está no milho: 13,43%. Em um misto de mercado com queda da produção, a cultura deixou o faturamento de R$ 9,23 bilhões do ano passado e segue com estimativa de fechar o ano em R$ 7,99 bilhões. 

A cana-de-açúcar exibe perda anual de 10% comparando a receita do ano passado, R$ 1,30 bilhão com a atual projeção de R$ 1,17 bilhão. 

PECUÁRIA – o VBP da pecuária mato-grossense, até setembro, deverá perder cerca de R$ 1 bilhão de receita. Conforme o novo levantamento do Mapa, a receita somou R$ 10,94 bilhões, inferior ao saldo de 2013, em R$ 11,96 bilhões do ano passado. A maior parte desse faturamento se sustenta na bovinocultura, responsável por 75% do VBP pecuário. Até setembro a atividade tinha projeção de somar R$ 8,16 bilhões, 6,63% menos que em 2013, quando contabilizou R$ 8,74 bilhões. 

A suinocultura também deve fechar o ano em baixa, com perda estimada até setembro de 18,62%, ao passar de R$ 562,59 milhões para atuais R$ 457,79 milhões. 

A avicultura registra projeção muito parecida, estimativa de queda de 19%. O VBP atual é de R$ 1,67 bilhão ante R$ 2,06 bilhões em 2013. 

Somente a pecuária leiteira tem projeção positiva e deve fechar o ano com incremento de receita. Até setembro a variação positiva era de 9,10% com a produção avaliada em R$ 651,17 milhões contra R$ 596,81 milhões de todo 2013. 

AVALIAÇÃO - Dados da AGE mostram que os produtos da lavoura que apresentaram melhor desempenho no VBP foram: algodão, 51,9%, cacau, 26,2%, laranja, 25,9%, pimenta do reino, 25,4%, trigo, 14,6%, banana, 13,9%, café, 13,6%, batata inglesa, 11,1%, maçã, 9,4% e soja, 4,1%. Já na pecuária, a carne bovina se destacou em setembro com crescimento de 19,3%, seguida da carne suína, com 11,6%. 

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