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Mais Alimentos financia agroindústria familiar

Mudanças no programa


O Programa Mais Alimentos, criado há três anos para incentivar a agricultura familiar, ganhou nova roupagem e, além de itens para produção primária, contemplará também equipamentos para a agroindustrialização. Desde a semana passada, ele foi dividido em duas categorias: o Mais Alimentos Produção Primária (projetos individuais de até R$ 130 mil e coletivos de até R$ 500 mil) e o Mais Alimentos Agroindústria (propostas de até R$ 50 mil). Em ambas as linhas, o interessado deve estar enquadrado no Pronaf. O juro é de 2% ao ano, com até três anos de carência e dez anos para pagamento. O secretário de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller, considera a modificação uma façanha, diante do cenário de cortes no orçamento. "Para melhorar a renda do produtor, conseguimos ampliar recursos e manter a taxa."

Representantes da agricultura familiar avaliam como incipiente as mudanças no programa. "Os investimentos exigem custos elevados. O valor da linha para as agroindústrias também deveria ser de, no mínimo, R$ 130 mil", frisou o assessor de política agrícola da Fetag, Jocimar Rabaioli. O problema é que o preço de muitos equipamentos ultrapassa o teto, como o kit de pasteurização (R$ 74 mil) e o tanque de estocagem isotérmico (R$ 6 3mil).

O mesmo entendimento é seguido pelo secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Como 80% da produção leiteira gaúcha é oriunda da agricultura familiar, sustenta que o teto do financiamento deveria ser maior. Segundo Palharini, o montante fica aquém da necessidade, pois é o investimento em tecnologia que traz competitividade. O RS tem 8 mil agroindústrias familiares.

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