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Em marcha lenta


Vinícius André de Oliveira

Com o total de R$ 92,358 bilhões em fevereiro, o governo federal obteve alta real de 0,36% na arrecadação de impostos e contribuições federais. No acumulado do ano até o segundo mês a soma foi de R$ 229,750 bilhões, com alta real de 0,62%.

Já os tributos administrados pela Receita Federal continuam sofrendo com a baixa atividade econômica. A Cofins/Pis-Pasep, por exemplo, apresentou queda real de 4,85% no bimestre se comparada ao mesmo período do ano anterior. O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) teve queda real de 3,73% no acumulado o ano e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) queda de 4,46% no bimestre.

Por outro lado, alguns impostos apresentaram alta no período: IRPF, alta de 17,24%; IRPJ/CSLL, 6,35% e IRRF, 5,76%. A alta principalmente do IRPJ tende a demonstrar melhor desempenho no faturamento das empresas futuramente.

Todos esses números formam um cenário de desaceleração da queda da economia e uma leve perspectiva positiva em relação a esse ano de 2017.

Percebe-se, através do quadro a nítida formação do gráfico em “U” onde os anos de 2015 e 2016 apresentaram o fundo do poço e 2017 começaria, lentamente, a apresentar uma recuperação que se seguiria pelos próximos anos.     

Embora o cenário seja otimista, a velocidade da recuperação econômica é decepcionante e exige muita paciência de todos os setores e da população em geral. Principalmente porque o emprego, que é a necessidade mais imediata da maioria da população e o último da fila a reagir, empurra mais para o fundo o não menos importante - consumo. Sem consumo, a produção continua baixa e com pouco investimento por parte das empresas. Isso faz com que o país continue a subir a linha do “U”, mas em primeira marcha e sem previsão de engatar a segunda.


 

 

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