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Soja: infestação da lagarta elasmo e rosca pode ocorrer em função da seca no país

Tratamento de sementes pode diminuir incidência de pragas


Os produtores de soja devem redobrar atenção para infestações das lagartas elasmo e rosca, principalmente, nas regiões que enfrentam problemas com a estiagem registrada nesta safra como em áreas do Mato Grosso e demais estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Para o entomologista da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, Lucia Vivan, o cenário para essas pragas iniciais é preocupante. “O que temos visto nas lavouras é a perda de estande de plantas em decorrência do longo período de estiagem. Para os plantios antecipados, o risco é alto principalmente para infestações de lagarta elasmo e rosca”, ressalta.

Há também, possibilidade da presença de lagarta Helicoverpa nos estágios iniciais da cultura, sendo mais presente em áreas onde foram cultivadas algodão na safra passada, conclui. O clima seco é um dos fatores apontados para a ocorrência dessas lagartas.

O engenheiro agrônomo do Portal Agrolink, José Luis da Silva Nunes, alerta ainda que a praga tem uma grande capacidade de destruição, em curto intervalo de tempo. “O aparecimento da lagarta é esporádico e está associado às secas em períodos, que favorecem o intenso desenvolvimento populacional da praga. Os maiores danos são observados em solos leves e bem drenados, com menor incidência sob o plantio direto”, salienta.

As lagartas elasmo e rosca atacam diversas culturas como amendoim, arroz, aveia, cana-de-açúcar, centeio, feijão, milho, soja, trigo, entre outras.

Uma das ações para conter o avanço das pragas se dá por meio do tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos. Em anos com seca, se recomenda o uso de produtos com ação de contato e profundidade associado ao trato das sementes, indica Nunes.

Em Mato Grosso, foram reservados 8,8 milhões de hectares para cultivo da soja na safra 2014/15. Porém, devido à seca, apenas 9% da área total já foi semeada, segundo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Em 2013, o cultivo nesta época já chegava a 27% dos 8,4 milhões de hectares, previstos.

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