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Irga divulga estimativa da Safra 2014/2015

RS deve semear 1.121.399 hectares de arroz


Os produtores gaúchos devem semear 1.121.399 hectares de arroz na safra 2014/2015, com plantio que se inicia nos primeiros dias do mês de setembro, em algumas regiões arrozeiras. A área é semelhante à última safra, conforme estimativa do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), que prevê uma diferença de apenas 0,11% em relação à safra anterior, o que indica manutenção de área. Em 2013/2014, a área semeada foi de 1.120.112 hectares.


Para o presidente do Irga, Claudio Pereira, a perspectiva de ocorrência de El Niño nos meses de outubro e novembro, época do plantio, levou à esta manutenção de área tanto para o arroz quanto para a soja. “Com os mercados de arroz e de soja estabilizados, devido aos preços atrativos, o Irga acredita que os produtores terão uma colheita com ótimos resultados”, afirma.

Quanto à produtividade, a expectativa é de que retorne ao patamar próximo dos 7,6 mil quilos por hectare. A capacidade dos mananciais, tanto de barragens e açudes, quanto de captação direta (rios e arroios) é plena em todas as regiões. “Água não é problema neste ano”. O preparo antecipado do solo é de 49,5% em média, maior do que o ano passado, que nesta época do ano, estava em 48,8%.

Preparo antecipado. As boas condições do clima nos últimos dias beneficiaram o produtor que acelerou os trabalhos no campo. O grande destaque é a Fronteira Oeste, que tem 79% da área pronta para o plantio, seguida pela Planície Costeira Externa, com 55%. Uma janela no final do mês de agosto permitiu que os produtores se dedicassem ao preparo do solo, o que facilita os produtores a semeadura no período preferencial, que vai até os primeiros dias do mês de novembro, dependendo da região. O plantio na época ideal é uma das maneiras de alcançar altas produtividades, mesmo em anos de El Niño, em que a tendência é puxar as produtividades para baixo.

SOJA: Para a safra 2014/2015 existe a intenção de plantar soja em rotação com arroz numa extensão de 320.649 hectares, área 5,83% maior do que o ano anterior, quando foram plantados 302.975 hectares. A região da campanha é que tem a maior área ou 97,5 mil hectares, seguida da Zona Sul que deve semear 81,5 mil hectares. A Planície Costeira Interna irá plantar 62,19 mil hectares de soja em áreas de arroz, a Depressão Central, 45,23 mil hectares, a Fronteira Oeste, 16,64 mil hectares e a Planície Costeira Externa, 17,56 mil hectares.

CLIMA: Segundo o meteorologista do Irga, Glauco Freitas, a provável ocorrência do EL Nino Oscilação Sul (ENOS) preocupa o produtor, pois o fenômeno na maioria das vezes é pouco favorável à produção do arroz. O ENOS se configura quando ocorre uma combinação de aquecimento anormal do Oceano Pacifico - chamado de El Niño – que estão associadas com as variações no campo de pressão ao nível médio do mar entre as estações de Darwin (12.4S-130.90E) localizada no norte da Austrália e Tahiti ( 17.5 S-149.6W) situada no Oceano Pacífico Sul, definido de Oscilação Sul.

A questão que se observa agora é a formação de um El Nino não canônico descoberto em 2007, chamado de MODOKI, que para os japoneses significa “Semelhante, mas Diferente”. Neste momento, independente de qual tipo de El Niño aconteça, existe a probabilidade de ocorrer em 60%, mas esta probabilidade diminui a cada rodada dos modelos.


CHUVA:  Para o mês de setembro, a previsão é de uma seqüência de dias secos e quentes em grande parte das regionais, especialmente Fronteira Oeste, Campanha, Zona Sul e parte da Depressão Central. Esta condição climática deve ajudar a finalizar o preparo do solo e inicio do plantio. No início do mês não se descartam episódios de chuva intensa em curto período de tempo, que se aproximam da média climatológica mensal. As localidades com maior condição encontram-se na parte central do Estado.

Em outubro, há previsão de volumes expressivos de chuvas principalmente nas regionais que estão na faixa Central em direção ao Norte especialmente o litoral Norte e regionais próximas. Em novembro, ainda pode ocorrer chuva acima da média, especialmente nas regiões mais próximas do Uruguai. Os principais sistemas que irão causar estes volumes expressivos, causando algumas tempestades são frentes frias, complexos convectivos de mesoescala, ciclones extratropicais entre outros. Mas o principal fenômeno meteorológico que pode ocorrer nestes dois meses é um bloqueio atmosférico. Este evento impede os avanços das frentes frias que provocam chuva permanecendo por mais tempo sobre uma determinada região causando volumes altos. Já na região à frente deste sistema, o tempo seco predomina e as temperaturas ficam altas como ocorreu entre os dias 27 de janeiro a 12 de fevereiro de 2014.
Para o período do verão (dezembro, janeiro e fevereiro), caso se confirme a condição de um El Niño Modoki, o levantamento dos dados históricos e, de alguns modelos indicam a diminuição do volume médio de chuva nesses três meses, especialmente em janeiro
 
TEMPERATURAS. Em setembro são esperadas temperaturas mais altas que a normal climatológica do Centro ao Sul do Estado, entre 1°C e 2°C. No restante do Estado dentro da normalidade. Já em outubro, as temperaturas mínimas estarão um pouco acima da média e as máximas um pouco abaixo. Em novembro, as temperaturas máximas estarão mais baixas que a normal climatológica na metade sul devido à maior presença das instabilidades.

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