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Feirantes ganham linha de crédito de R$ 3 mil, mas ainda é pouco para melhorias

Somente Cuiabá reúne 51 feiras livres, com 4.321 pontos e 2.526 feirantes cadastrados


Somente Cuiabá reúne 51 feiras livres, com 4.321 pontos e 2.526 feirantes cadastrados

A linha de crédito "Fazendo a Feira" de R$ 3 mil, com taxa de juro de 0,54%, lançada para feirantes pelo Governo de Mato Grosso é considerada o reconhecimento da categoria. Entretanto, é considerado "pouco" pelo para que melhorias possam ser feitas, como é o caso da aquisição de freezers e máquina de costura (artesanato), por exemplo. 

Para o "Fazendo a Feira" foram alocados R$ 3,6 milhões. Inicialmente 1.440 feirantes entre Cuiabá e Várzea Grande serão atendidos. Segundo o presidente do MT Fomento, Mário Milton, o recurso é destinado para a aquisição da barraca, do uniforme, além de capital de giro. 

O limite por feirantes será de R$ 3 mil, com taxa de juro de 0,54%, prazo de até 24 meses para quitação e três meses de carência para iniciar o pagamento do empréstimo.

"Justamente em um momento de crise pela qual o Brasil passa, a pior de sua história, nós precisamos atrair investimentos. O Estado precisa ajudar aquele que mais precisa. Daí, nós temos este programa lançado pelo MT Fomento, pelo Estado de Mato Grosso, onde um determinado valor será repassado como investimento e financiamento para o cidadão feirante, para o empresário, para que ele possa reformar a sua barraca, para que ele possa melhorar o atendimento ao cidadão", pontuou o governador Pedro Taques, durante o lançamento do "Fazendo a Feira" na tarde desta segunda-feira, 24 de outubro, em Cuiabá.

Conforme Taques, a ideia é fomentar o comércio e a partir daí a produção através da agricultura familiar, uma vez que hoje Mato Grosso importa R$ 1 bilhão ao ano em hortifrutigranjeiros.

Para o presidente da Organização do Mercado do Porto, José Ismar de Azevedo Filho, a linha permite melhores condições para o feirante investir em seu negócio com juros mais baixos. 

O presidente da Associação dos Feirantes de Várzea Grande, Arlindo Bastos da Silva, revela que nunca viu algo voltado para os feirantes. Ele pontua que a linha de crédito específica para os feirantes é o reconhecimento da categoria. Contudo, conforme Arlindo, o valor ainda é pouco diante tamanhas dificuldades enfrentadas. " São bastantes dificuldades enfrentadas hoje, principalmente em Várzea Grande, pelos feirantes. Não é apenas a barraca que tem que melhorar. É transporte também. Muitos produzem o que vendem, mas não tem como transportar. Esse é apenas um exemplo. Se formos olhar o valor da linha de crédito é pouco. Muito pouco para quem precisa bastante. Quem mexe com hortifrutigranjeiro às vezes precisa de algo para armazenamento e não tem".

A artesã Margareth Ambrosio de Assis participa de feiras em diversos bairros, como é o caso do Jardim Imperial. Para ela “a linha é pouca, mas ajuda. Para adquirir uma máquina de costura para couro já é meio caminho andando. Mas, não só de recursos para melhorar a barraca precisamos. Precisamos de infraestrutura também nos locais das feiras e banheiros”. 

De acordo com o presidente do MT Fomento, Mário Milto, há possibilidade, futuramente, de se ter mais recursos na linha de crédito. "Assim poderemos financiar maiores valores", salienta.

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