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Cesta básica em Cuiabá encerrou abril com alta anual de 8%

Cesta básica, em Cuiabá, encerrou abril com preços estáveis em relação a março, mas custo segue elevado


A cesta básica, em Cuiabá, encerrou abril com alta anual de 8%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o conjunto de alimentos considerado essencial para uma família de quatro pessoas, passou de R$ 324,2 para R$ 351,7. Dos 13 itens que constam da pesquisa mensal, oito tiveram variação positiva de preços, quatro deflação e um seguiu estavél. Os números foram divulgados, na última segunda-feira pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e integram o relatório mensal da Conjuntura Econômica.

Entre os vilões do orçamento das famílias cuiabanas seguem as carnes, cereais como o feijão e os hortifrutigranjeiros, em especial, o tomate. Conforme o acompanhamento realizado no mês passado, a maior alta anual foi encontrada no feijão, 24%, seguido do tomate, das carnes e da batata, cada um com inflação de 11%. A banana registra elevação de 9%. Entre esses itens, chama à atenção a evolução da cesta de carnes, pois é o único item com trajetória ascendente há 10 meses, ou seja, de julho de 2014 até abril deste ano.

Entre as reduções, o Imea verificou queda no leite (-3%), no açúcar (-13%) e na farinha óleo (-14%) e na manteiga (-3%). O item sem variação anual de preços em abril foi pão francês.

Ainda dentro dessa série histórica do Imea, o valor da cesta básica de abril segue como o maior registrado ao longo dos últimos 14 meses.

Apesar da alta anual, a cesta básica cuiabana teve variação zero na comparação mensal com o custo apurado pelo Imea em março, quando os alimentos também somaram R$ 351,9. Dos itens que mais variaram, forçando a inflação do segmento, apenas o tomate e a banana apresentam altas na comparação anual (19% e 9%, respectivamente) e na mensal (4% e 6%, respectivamente).

RANKING – Comparando o valor da cesta básica cuiabana de abril com os valores apurados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no país, Cuiabá teve a oitava cesta mais cara do Brasil e a segunda do Centro-Oeste, atrás apenas de Brasília cotada a R$ 358.

O Dieese realiza a pesquisa mensal de preços em 18 capitais brasileiras, mas não incluiu Cuiabá. O Departamento apura além das grandes metrópoles todas as capitais da região Centro-Oeste, Goiânia, Brasília e Campo Grande. Como o Imea avalia o comportamento dos preços dos mesmos itens do Diesse - carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga – é possível inserir Cuiabá no ranking nacional.

BRASIL - Do total de 18 cidades onde o Dieese realiza a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, 17 tiveram aumento de preço no conjunto de bens alimentícios, em abril. As maiores elevações foram apuradas em Campo Grande (6,05%), Rio de Janeiro (4,51%), Natal (3,98%) e João Pessoa (3,98%). O único decréscimo foi registrado em Manaus (-1,73%).

Em abril, o maior custo da cesta foi apurado em São Paulo (R$ 387,05), seguido de Vitória (R$ 376,46) e Rio de Janeiro (R$ 374,85). As cestas com menores valores médios foram observadas em Aracaju (R$ 281,61), João Pessoa (R$ 299,90) e Natal (R$ 300,73).

Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em abril de 2015, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.251,61, 4,13 vezes mais do que o mínimo de R$ 788,00. Em março de 2015, o mínimo necessário era ligeiramente menor e correspondeu a R$ 3.186,92.

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