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Vantagem ou não para os produtores?


Nei Pflug Ketzer
Na semana passada confirmou-se a aquisição da empresa Monsanto dos Estados Unidos pela Bayer AG da Alemanha(nem tanto da Alemanha pois ela já é uma multinacional - e multinacional não costuma deixar claro
onde está sua sede física e nem a sua sede financeira). 

Todavia, a polêmica Monsanto, criadora de produtos discutíveis  como Roundup, fertilizantes provenientes de refinados do pétroleo, criação e desenvolvimento dos transgênicos (cujos resultados ainda não conhecemos claramente), entre outros tantos cujas consequências nem sempre foram interessantes ao meio ambiente -  une-se a uma das maiores empresas químicas do mundo para ampliar sua participação no mercado agrícola. 


Algo que também nos aflige, pois agora Monsanto ficará com 30,80% do mercado agrícola mundial que fica, assim, reduzido a poucos participantes, ou seja, a oferta de produtos, fertilizantes, insumos, sementes virá de poucas empresas e os agricultores deverão se acostumar a isto.

Embora esta diminuição do número de fornecedores pareça algo simples, torna-se cara no momento em que tais empresas fornecedoras cartelizam-se, e iniciam a ditar normas e preços ao mercado. 

Uma vantagem da criaçào de grandes empresas globalizadas é a pesquisa: grandes somas de dinheiro podem ser utilizadas pelas megaempresas na pesquisa - algo que ficaria difícil caso as empresas fossem menores. 

Até que ponto poderíamos renovar  nossas esperanças nestes novos mega projetos? 

Difícil chegar a uma conclusão pois as empresas quando se lançam em mega projetos  visam  - a princípio - aumentarem seus resultados financeiros (leia-se: lucros para seus acionistas) além de também aumentarem sua participaçào no mercado com  novos produtos. 

Uma das grandes armas existentes nas megaempresas é a ampla utilizaçào do marketing (agrícola, no caso) - muitas vezes as grandes empresas publicitárias lançam campanhas mundiais para colocar um produto novo ou criar a necessidade de uso de tal produto em inúmeros mercados simultaneamente. E isto envolve o desembolso de milhões de dólares que uma empresa pequena não disporia.


Assim, pelo que sentimos, as grandes megaempresas podem desenvolver melhores produtos, mas com objetivos ainda dúbios, pois muitos destes produtos poderão facilitar o plantio, por exemplo, mas resultarão em dano ao meio ambiente ou mesmo ao ser humano caso haja alterações genéticas/imunológicas que venham a atingir diretamente ou indiretamente a mão que semeia ou cria! 

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