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Perdoai-os, porque não sabem o que estão criticando


Amélio Dall’Agnol
Só mesmo brasileiros para esculhambar o agronegócio nacional, sugerindo que nossos abnegados agricultores são “monstros que roubam as terras indígenas, devoram as matas e secam os rios”, conforme manifestação do samba enredo que a Escola Imperatriz Leopoldinense fará no próximo carnaval carioca. Uma atitude condenável, frente a tantos benefícios gerados pelo setor agrícola para a sociedade brasileira – críticos incluídos.
O mundo inteiro elogia e prestigia o Brasil por causa da eficiência e sustentabilidade do seu processo produtivo agrícola, considerado um dos mais competitivos do mundo, apesar das condições adversas impostas pelo clima tropical, onde as pragas e as doenças grassam com muito maior voracidade, os solos apresentam baixa fertilidade natural, além de problemas relacionados à logística, legislação trabalhista, crédito e seguro rural. 
O setor agroindustrial é, inquestionavelmente, o mais dinâmico e desenvolvido da economia brasileira, mesmo enfrentando enormes desafios da porteira para fora, onde não lhe corresponde atuar, pois são da alçada do poder público, que não apresenta, infelizmente, a mesma dinâmica e eficiência do setor privado. 
Mas, por total desconhecimento dos benefícios sociais e econômicos gerados pelo agronegócio ao conjunto da sociedade brasileira, muitos compatriotas, embora beneficiados por esses avanços, preferem fazer críticas vazias, injustas e inconsequentes aos atores do espetacular desenvolvimento agrícola nacional. 
O que sabem os críticos do agronegócio brasileiro e seus simpatizantes invisíveis sobre a importância do setor na construção do PIB nacional (23%), na geração de empregos (35%) e participação nas exportações (43%), que veem carregando o Brasil nas costas há décadas?! O que seria do Brasil sem os mais de US$ 700 bilhões de superávit gerados pelo setor, apenas na última década?! Certamente seria um país muito pior, com menos comida, comida mais cara, de pior qualidade, menos empregos e salários mais modestos.
Espero que os produtores rurais, vítimas diárias das inclemências climáticas e do mercado, perdoem as críticas descabidas dos seus compatriotas urbanos que, por conta do trabalho ingrato e desgastante dos agricultores, têm uma ampla oferta de alimentos de qualidade com preços acessíveis.  
Sem o agronegócio não haveria carnaval, simples assim. De onde viria a matéria prima para a produção da cerveja, por exemplo?
 

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