CI

INTELIGÊNCIA COMPETITIVA – A crescente Importância para as Empresas e o Setor publico


Climaco Cezar de Souza
Nos últimos anos, com a crescente competição e exigências, externas e internas, médias e grandes Empresas e até o Setor Publico (países, alguns estados e municípios, melhor preparados) têm recorrido aos moderníssimos preceitos e ações de IC – Inteligência Competitiva (ou “BCI – Business Competitive Intelligence”) para planejar, competir, vencer, prestar bons serviços aos cidadãos, ampliar as eficácias e, principalmente, reduzir custos, sem demitir funcionários. 
Em 2015, entre as 50 empresas lideres mundiais em adoção de BCI/IC (“empresas que melhor combinam tecnologia inovadora com um modelo de negócios eficaz”) destacaram-se a IBM, Amazon, Baidu, Illumina e Tesla Motors, mas também sobressaiam a Microsoft, Bosch, Toyota, Intel e outras. 
Pode-se dizer que as empresas modernas hoje adotam bem mais a BCI para embasar seus novos modelos de gestão interna, de obtenção de qualidade, de competição e de ações junto aos clientes e/ou população, outrora baseados apenas em sistemas japoneses e norte-americanos (Modelos Toyota, 5 ”S”, Kaizen, BSC “Balanced ScoreCard”, Re-engenharia e outros bastante re-estruturantes para reduções de custos/melhoria da qualidade e eficácia, mas também bastante impositivos, robotizados, pouco criativos e demissíveis, ou seja, com boicotes e, principalmente, sérios prejuízos de imagens externas e de insatisfação funcional ou grupal interna, greves etc..). 
https://www.technologyreview.com/lists/companies/2016/intro/#baidu
Nos EUA, boa parte das empresas eficazes já tem, respeitam e acatam as orientações e estratégias de seus - Departamentos de IC, “enxutos, preparados, motivados, ágeis e sigilosos”. 
Por outro lado, com certeza, uma das razões da conhecida e elevada eficiência industrial dos EUA e de alguns países concorrentes do Brasil é a chamada alta “produtividade média da mão-de-obra”, boa parte também obtida pela adoção crescente das estratégias de IC nas empresas. Em 2015, quem alcançava os melhores índices de produtividade eram Luxemburgo, EUA e Alemanha, mas mesmo a Venezuela e Argentina superavam a do Brasil. Notem bem que não se trata de comparar os resultados obtidos por horas totais trabalhadas por operário e por dia nos países, nem de dias por semana.
Infelizmente, em 2015, para igualar a produtividade média industrial de um trabalhador norte-americano eram necessários quatro trabalhadores brasileiros. Ou seja, por exemplo, no mesmo período temporal, um operário especializado norte-americano (ou seu grupo) conseguia fabricar 4 computadores ou 04 automóveis, ante apenas 01 por um operário brasileiro (ou seu grupo). Obviamente, neste caso do exemplo, as montagens dos CKD (Completely Knock-Down) ou SKD (Semi Knock-Down) e/ou de kits pré-montados, todos com intensivos usos de informática e de robóticas com a ajuda fundamental de ferramentas de gestão funcional e do tempo mais premiação e motivação, sobretudo de IC, são os maiores responsáveis para tanto. Com certeza, o mesmo ocorre nas fábricas de CKD, SKD e dos kits, próprios ou terceirizados. 
http://econforreal.blogspot.com.br/search/label/Produtividade%20do%20trabalho 
No Brasil, mesmo assim, a IC já está presente em empresas de renome como no BB - Banco do Brasil, VALE, EMBRAER, Tim, Natura e outras, mas, a maioria de nossas empresas (privadas, publicas e cooperativas), consultores e profissionais sequer sabem o que é a IC ou são treinados em Inteligência Competitiva.
http://www.ibm.com/analytics/us/en/technology/business-intelligence/
Também, no Mundo, segundo estudos e provas, o índice de obsolescência do conhecimento de muitas áreas e de seus profissionais é elevado e aumenta rapidamente, o que muito amplia o desafio de bem conhecer e de praticar a IC nas empresas de qualquer porte mais nas instituições publicas e cooperativas. Em informática, atualmente, o índice de obsolescência profissional e setorial de 50% do conhecimento é de 2 anos; em Direito, Engenharias, Medicina e afins de 3 anos e em Economia, Administração, Sociologia e correlatos de 4 anos, dai a importância da IC para os profissionais e tais empresas, serviços públicos e cooperativas, vencedores ou que pretendem chegar a isto. 
http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/a-obsolescencia-do-conhecimento/82155/ 
No Brasil, além de fundamental na bem maior competitividade empresarial necessária e eminente, talvez a maior importância e exigência atual de IC seja nos Serviços Públicos mais nas Fundações, Autarquias e Estatais, mas tudo depende da vontade do Governador, Prefeitos e dos Dirigentes em fazerem o melhor para o bem, não só de seus eleitores, como do publico e clientes/fornecedores em geral, e, sobretudo, para as fundamentais reduções de custos e maiores efetividades por hora trabalhada. 
Assim, nas empresas privadas, cooperativas e entidades publicas brasileiras que, realmente, querem competir, vencer e prestar bons serviços em qualquer setor e local é, fundamental, a correta e incentivada atuação dos enxutos Departamentos de IC (também para governos, cooperativas, estatais, instituições e até pessoas físicas). Ações de Marketing e de Propaganda já não bastam, até porque a maioria já vende falsas imagens e soluções para o publico que as detestam e as rejeitam (ocorre o efeito contrário e com sérios prejuízos a imagem empresarial e pública). 
O povo brasileiro já se cansou daquelas desculpas comuns e esfarrapadas de empresas, estatais, instituições, cooperativas e do setor publico que, quando cobrados/questionados publicamente - em especial das áreas de Segurança, Saúde, Limpeza Publica, Educação e Detran, nesta ordem, - citam/pregam que eles “estão operando atentos, positivamente e que tudo vai muito bem, obrigado”. Na verdade, trata-se exatamente do contrario, sendo que o cliente final, consumidor ou cidadão percebe ou comprova tais mentiras e tentativas de maquiagens dos fatos em sua vida, na de sua família e na de sua região/cidade/bairro. Não sei por que tais dirigentes, tais empresas, instituições e serviços públicos insistem com erros tão cabais, na verdade, verdadeiras provas públicas de ineficiências e que são muito danosos para suas imagens em curto prazo, talvez por despreparo de quase todos e por ainda não operarem ou nem conhecerem a ferramentas e o potencial de IC. 
Por outro lado, apenas se basear, acompanhar pela internet ou contratar diagnósticos de gestão ou de “coaching” mais algumas palestras e cursos locais e sem continuidade nada resolvem. É preciso não fingir e colocar nos sites e propagandas que se tem IC, mas implantá-la e operá-la em definitivo, senão fica parecido os tais balanços sociais, ambientais e corporativos das empresas, cooperativas e terceiro setor que muitas publicam, mas em que poucos acreditam ou acompanham, ou seja, no fundo somente geram custos. 
Aqui conto dois casos curiosos: no auge da febre de implantação da qualidade total nas empresas,  alguns salões de beleza, clinicas médicas/odontológicas de muitos tipos e outras empresas de pequeno e médio porte, sem deméritos, apresentavam certificados de qualidade comprovada visíveis no local ou em seus sites como propagandas de qualidade total (5 S) e de excelência nos serviços e nos atendimentos, boa parte, sabidamente, expedidos por instituições e faculdades de bairros ou sabe-se lá de onde e por quais custos e metodologias de pesquisas (sem deméritos). Adicionalmente, o mesmo ocorre com empresas de transporte, após o advento do nome e dos conceitos de “logística”. Rapidamente, a maioria – sem nada entender do que realmente se trata o termo - mudou seus nomes para incluir o bonito termo da moda “logística” e passou a ostentá-lo, visível e atrativamente, em seus sites e, sobretudo, em seus veículos, a maioria apenas para transportes e, pior, locais. 
Será que os donos e dirigentes de tais empresas ou cooperativas ou serviços públicos – mais seus marqueteiros e agências - não conseguem perceber que, hoje, com a internet em quaisquer locais e hora, seu publico-alvo, invariavelmente, pode conhecer sua proposta de trabalho mais seus resultados e tais certificadoras até melhor do que ele ou eles. Mentir sob qualquer forma, hoje, para os clientes e cidadãos é um erro muito grave, com sérios prejuízos às imagens e muito difícil de reverter sem altos custos (muitas empresas já fecharam ou estão sendo liquidadas/concordatárias também por absolutos erros de marketing e de propaganda e que inclusive levam a muitas queixas e ações nos Procon e nos tribunais de pequenas causas). 
Adicionalmente, já se comprovou que a internet - totalmente livre mais a informática excessiva ou desfocada e até alguns treinamentos supérfluos nas empresas (ou na vida pessoal) -, tanto podem ser uma poderosa ferramenta de trabalho para sucessos nos negócios e atendimento públicos eficazes, como uma poderosa fonte local de dispersão, de desinformação, de desentendimentos e de prejuízos para todos, até para a saúde funcional. 
No Brasil, embora com diferentes formas de abordagens - conforme os objetivos na prática diária mais os públicos-alvos e a visão e experiências dos implantadores/consultores (sempre por equipes confiáveis, preparadas, motivadas, comprometidas e enxutas, com 10 a 150 colaboradores por tamanho da empresa, região/local e publico-alvo) -, basicamente, as técnicas e ações de IC podem ser resumidas por apenas três letras “M”: 1) Monitoramentos; 2) Merecimentos; 3) Motivação. 
Vejamos como:
MONITORAMENTOS – Não se tratam de espionar ou de perseguir, mas de monitorar intensivamente, externa e internamente, as efetividades e a qualidade da venda ou da prestação de serviços junto ao consumidor ou publico final (um pós-venda melhorado), respondendo diretamente, ou por demanda imediata, de apenas uma pessoa Contratante (Presidente ou CEO da Empresa, Ministro, Governador, Prefeito etc.), tudo para que ele possa sair do chamado “Efeito-Redoma” (Secretários, Diretores, Assessores e outros que, infelizmente ou até sem perceberem, sufocam e até impedem - alguns para “si” e/ou seus grupos - que o chefe principal tenha acesso às informações corretas e imediatas para a correta tomada de decisões). É fundamental que o Contratante-chefe possa se libertar do “Efeito-Redoma” diário/horário, mesmo que por alguns momentos, e que realize consultas estratégicas, diretas e objetivas por celular ou outras formas ao seu Coordenador de IC (mesmo gerando muitos ciúmes, no inicio, mas administráveis e até muito bem aceitas posteriormente pelos sub-Dirigentes acima se estes se preocuparem, efetivamente, com bons resultados, com clientes satisfeitos e com o bem comum e os cidadãos). Afinal, “quem tem medo de verdades, é porque não merece a confiança ou o cargo”. 
Também, monitoram-se os concorrentes (ações e propostas de outras Empresas ou outros Estados ou Municípios e que afetem ou possam afetar ações e resultados da Empresa ou do Estado base); idem controla-se, com cuidados, os parceiros e, principalmente, FISCALIZAM-SE - sigilosa, intensiva e legalmente - a maioria dos locais e serviços onde o publico possa ser maltratado/mau atendido de alguma forma, até intencionalmente, pelos funcionários, agentes ou gestores, inclusive da segurança publica, escolas, creches publicas, hospitais, postos de saúde, atendimentos nas Secretarias, Detran, Procon, metrô, transporte publico, limpeza publica, serviços de saneamento básico e conservação e obras em vias publicas etc.. Tal fiscalização – em especial às de Saúde, Educação, Secretarias, Órgãos internos etc.. - também utiliza meios eletrônicos completos como o prontuário eletrônico e para controle funcional periódico mediante Intranet com senhas diárias de acesso, celulares do sistema etc.. e sem invasão de privacidade ou de direitos funcionais (como já fazem há tempos o BB nas suas dependências e, mais recente e já com ótimos resultados, os Serviços de Saúde das Prefeituras de Porto Alegre, Florianópolis, Fortaleza, Campo Grande e outras). Em todos os julgamentos acerca de demandas funcionais contestando ou reclamando sobre estas fiscalizações, não-invasivas e durante o horário de trabalho (no local, ou externamente por controle celular), a Justiça do trabalho foi clara e objetiva a favor dos contratantes (dificilmente há de ser contra).
MERECIMENTOS – Este tópico é fundamental para adoção progressiva de IC pelas Empresas e Setor publico até para a melhor união e trabalhos em equipes e por exigência sindical/funcional, conforme acima. Além do estabelecimento de um bom Plano de Cargos e Salários de forma clara, participativa e justa, o Sistema também precisa contemplar um bom Plano de Remunerações, de Compensações pelos maiores resultados e de Promoções, claras e programadas, sem apadrinhamentos e “quem indica”, mas apenas pelo atingimento de metas combinadas seis meses antes e com hetero-avaliações funcionais a cada três meses (o chefe de Setor avalia o funcionário, mas também é avaliado por seu chefe maior, este também à vista das avaliações de retorno de todos os funcionários daquele setor, mediante inclusões no sistema e/ou consultas do chefe maior). 
No BB, o Sistema de BSC - “Balanced ScoreCard” somado com Sistema e ferramentas de BCI funcionam, quase que perfeitamente, há uns 15 anos (muitos bancos e algumas empresas privadas também já o fazem ou pretendem fazer). Pode-se dizer que no BB, os funcionários vão realmente para trabalhar, para criar, para competir e para honrar sua dependência (que é avaliada e pontuada semestralmente em termos de alcance de metas e de resultados por cada carteira, seja captação, de concessão ou de seguros, também via modernos instrumentos de BSC - vide abaixo). Consta que, alguns funcionários vitoriosos podem perceber até 18 salários/ano, boa parte indiretos, ou seja, como abonos, prêmios e incentivos, além de saberem desde o inicio a escada de cargos que podem e são incentivados e treinados a galgar, desde que tenham interesse e muita garra. Para tanto, são realizadas muitas e muitas entrevistas com psicólogos especializados e dirigentes experientes/motivados, constantes treinamentos presenciais e à distância, mas muitas e muitas palestras e encontros motivacionais, até para impedir/reduzir as obsolescências dos conhecimentos pessoais e grupais. 
Obviamente, no BB atual, pode até haver há rígidos controles de presenças funcionais pela intranet; câmeras de vigilâncias (exceto em banheiros e locais restritos); acessos funcionais restritos a alguns locais; proibições de acessos a blogs, redes sociais, alguns sites e até restrições para ligações freqüentes para celulares pessoais, tudo isto, certamente, apenas durante o horário de trabalho. 
O BB inclusive, como já faz a Microsoft e outras pioneiras, parece que inicia um audacioso projeto de “trabalho em casa logado” (home work) para alguns setores e serviços. 
No caso de empresas, cooperativas ou serviços públicos maiores, e com possíveis maiores disponibilidades funcionais, a fusão programada das ferramentas de BSC com as de BCI podem levar a excelentes resultados. 
Vide sobre BSC no BB em: 
http://www.bb.com.br/docs/pub/siteEsp/ri/pt/dce/dwn/bbdayEO.pdf 
http://www.admpg.com.br/2015/down.php?id=1729&q=1 
http://www.congressousp.fipecafi.org/web/artigos142014/140.pdf
MOTIVAÇÃO – O sistema de motivação é baseado na crença de que a melhoria dos serviços exige não só uma formação completa. As ações, serviços e propostas acima e outras exigem um bom e completo sistema de treinamentos e de motivações funcionais, pois não se trata de punir os dirigentes e funcionários ineficientes, mas de monitorar, de premiar, de re-alocar, de treinar, de motivar e de dar segundas chances, só demitindo nas faltas graves ou à pedido. 
Vide mais acerca da IC e de seus resultados em: 
http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/brasil-no-mundo/2013/09/24/inteligencia-competitiva-nas-empresas-brasileiras/ 
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/camaras_setoriais/Hortalicas/26RO/App_IC.pdf 
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/1834/1548 
http://www.mbc.org.br/mbc/uploads/biblioteca/1170072780.9743A.pdf 
A sede da ABRAIC - Associação Brasileira dos Analistas de IC, fundada em 2000, fica em Brasília, boa parte por ex-funcis da DG do Banco do Brasil, onde o sistema também mostra-se fundamental e corrente, embora quase sigiloso (como deve ser a boa IC), há uns 25 anos. 
Sugerimos aos interessados em implantar bons sistemas de IC que primeiro contatem a ABRAIC para estabelecerem um bom plano - real e factível - de implantação customizada de IC Empresarial, Cooperativa ou Publica, de qualquer porte. 
VIDE: 
http://www.abraic.org.br/index.php?idAtual=1 
http://www.abraic.org.br/inf.php?idAtual=1&idTela=5 
FIM 
Prof. MB. Cezar Climaco – julho/2016
Hahn-AGROVISION – Alemanha (Chemnitz) e Brasil (Brasília) –
www.ic-hahn.com
 
 

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