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E agora com impeachment de Dilma, como fica o agronegócio?


Jose Luiz Tejon Megido
Fica muito bem. Pelo menos essa é a reação da região de Mato Grosso, em Campo Novo do Parecis e Tangará da Serra. Lugares estes onde não havia nada anos atrás e hoje tem elevada tecnologia e cidades com ótima qualidade de vida.
Conversei com produtores que se sentem mais seguros com o novo governo Temer. Questionei, pois, afinal, tirando o setor sucroalcooleiro, não podemos dizer que o governo Dilma tenha prejudicado diretamente o resto do agronegócio. Mas os produtores pensam diferentes, dizem que prejudicou sim, e que toda a insegurança e a incompetência no entorno do agro resultaram em aumento dos custos, aumento das incertezas, e sinalização de um estímulo ao conflito de invasões e questões de confrontos desnecessários entre a chamada agricultura familiar versus agronegócio - como se fosse possível, alguém estar na lavoura hoje sem estar fazendo algum tido de negócio.
As incertezas do campo são sempre enormes. Para vocês terem uma ideia, semana passada em Cuiabá fez 15°C e choveu, simplesmente surpreendente. Vi muitos hectares de algodão sofrerem prejuízo por conta da chuva inesperada.
O ministro Blairo Maggi esteve na China tratando de negócios com nosso maior cliente, o chinês, e com certeza o agronegócio brasileiro respira mais seguro com o impeachment definido. Mas e agora? Agora virão todos os imensos desafios que o setor precisará enfrentar, como o seguro rural, a logística, as tributações, a burocracia, e a valorização da agroindústria nacional para agregação de valor.
Ufa, o agronegócio deu um respiro. Mas nada para e nada fica mais fácil por isso. Fica apenas em mãos mais confiáveis e não dá pra plantar e criar sem confiança. Impeachment muito bem-vindo no mundo do agronegócio brasileiro!

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