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Estresse hídrico na soja é o maior desde o 2011/12, diz INTL FCStone

Produtividade não deve ser recorde


As chuvas nas principais regiões produtoras de soja estão 30% abaixo da média histórica brasileira, resultando em estresse hídrico para a cultura em 15,7% da área plantada. A informação é da Consultoria INTL FCStone, que entabulou dados de precipitação acumulada em 210 municípios – ou 70% da área plantada.

“Esse é a maior percentagem de área afetada desde o ciclo 11/12 (que ficou marcado pela forte estiagem na região sul do Brasil). Indo além, 7,5% da área registrou nível de chuvas ao menos 40% mais baixo que o esperado, mais que o dobro do verificado nas quatro safras anteriores”, explica o Diretor de Inteligência de Mercado da INTL FCStone, Thadeu Silva.

O cenário provoca apreensão com a possibilidade de uma reversão na expectativa de produtividade recorde neste ciclo: “Embora seja esperada uma recuperação da produtividade de 2,87 toneladas por hectare na última safra, não acreditamos que ela possa se distanciar muito dos níveis verificado entre 12/13 e 14/15”, completa Silva.

De acordo com a INTL FCStone, o oeste da Bahia é o epicentro de uma estiagem que começou em dezembro e persiste até hoje, que afeta também áreas do leste do Tocantins e sul do Piauí. As lavouras estavam na fase inicial de desenvolvimento e foram bastante afetadas, com relato de abandono de áreas.

“A parte sul do Mato Grosso do Sul, noroeste do Paraná e oeste de São Paulo tiveram volume de chuvas bastante reduzidos entre outubro e novembro, afetando as fases iniciais de desenvolvimento – algumas lavouras chegaram a ser abandonadas. Entre dezembro e janeiro as precipitações na região foram mais próximas ao normal, mas é esperado um reflexo sobretudo no número de vagens. A área total afetada responde por cerca de 5% do Brasil e as lavouras afetadas estão na fase final e devem ser colhidas até o meio de fevereiro”, aponta a Consultoria.

Apesar da situação atual complicada, Silva faz previsões otimistas para essas regiões afetadas: “Ainda restam pelo menos dois meses para a colheita e pode haver recuperação parcial, a previsão para as próximas duas semanas é de bons níveis de chuvas nas áreas afetadas, acima de 100 milímetros”.

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