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Valeos

Geral
Nome Técnico:
Saflufenacil
Registro MAPA:
2515
Empresa Registrante:
Basf
Composição
Ingrediente Ativo Concentração
Saflufenacil 700 g/kg
Classificação
Técnica de Aplicação:
Terrestre
Classe Agronômica:
Herbicida
Toxicológica:
5 - Produto Improvável de Causar Dano Agudo
Ambiental:
III - Produto perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Granulado Dispersível (WG)
Modo de Ação:
Seletivo condicional, Contato

Barrica de papelão: 20;25;30;35;40;45;50;55;60;65;70;75;80;85;90;95; e 100 Kg
Big Bag de plástico: 200;250;300;350;400;450;500;550;600 e 650 Kg
Bombona de plástico: 0,05;0,1;0,15;0,2;2;3;4;5;6;7;8;9;10;15;20 e 25 Kg
Frasco de plástico: 0,05;0,1;0,15;0,2;0,25;0,3;0,35;0,4;0,45;0,5;0,55;0,6;0,65; 0,7;0,75;1;1,25 e 1,5 Kg
Saco Plástico/Metalizado: 5;10;15;20;25;30;35;40;45 e 50 gramas
Saco Plástico/Metalizado: 0,1;0,15;0,2;0,25;0,3;0,35;0,4;0,45;0,5;0,55;0,6;0,65;0,7; 0,75;1;1,25;1,5;2;3;4;5;6;7;8;9;10;15;20 e 25 Kg
Saco hidrossolúvel: 5;10;15;20;25;30;35;40;45 e 50 gramas
Saco hidrossolúvel: 0,1;0,15;0,2;0,25;0,3;0,35;0,4;0,45;0,5;0,55;0,6;0,65;0,7; 0,75;1;1,25;1,5;2;3;4;5;6;7;8;9;10;15;20 e 25 Kg
Tambor Plástico/Metalizado: 75;100;150 e 200 Kg.

INSTRUÇÕES DE USO

Valeos® é um herbicida seletivo condicional de contato, contendo o ingrediente ativo de nome comum Saflufenacil (Grupo E – HRAC), registrado com a marca global Kixor®. Kixor® é uma molécula desenvolvida para controle de plantas daninhas de folhas largas inclusive as infestantes de difícil controle, quando aplicado em pós emergência e jato dirigido nas entrelinhas de culturas florestais.
Modo de ação:
Valeos® (Saflufenacil) é um potente inibidor da enzima protoporfirinogênio oxidase (Protox), pertence ao grupo químico pirimidinadiona (uracila). Portanto, um herbicida seletivo condicional de contato, que em doses altas tem ação em pré-emergência das plantas daninhas com atividade residual no solo. A enzima Protox está presente na rota de síntese da clorofila e dos citocromos. Nas doses recomendadas, o uso de Valeos® interrompe a capacidade de síntese destes compostos em plantas sensíveis. O resultado desta ação é o aumento dos níveis de protoporfirinogênio no cloroplasto, que migram para o citoplasma e em seguida são convertidos para protoporfirina-IX, um pigmento fotodinâmico que em presença de luz e oxigênio gera radicais livres (oxigênio singleto). Estas moléculas são altamente reativas, provocando a peroxidação dos lipídeos das membranas, e consequente morte celular. Valeos® é rapidamente absorvido pelas raízes e partes aéreas das plantas em pleno crescimento vegetativo. Uma vez absorvido pelas plantas é prontamente translocado via xilema com algum movimento no floema. A seletividade em espécies tolerantes é devido a barreira física e também pela metabolização mais rápida do produto. Valeos® é seletivo em aplicações de jato dirigido nas culturas de seringueira, pinus, eucalipto e acácia negra.
Valeos® é recomendado para os seguintes usos e culturas conforme as especificações das recomendações desta bula:
Culturas: seringueira, eucalipto, pinus e acácia negra.
Tipos de manejo/culturas:
Controle de plantas daninhas em aplicações em jato dirigido em culturas florestais: seringueira, eucalipto, pinus e acácia negra.
Plantas daninhas:
As seguintes plantas daninhas têm sido controladas por Valeos® conforme estudos oficiais em diversas culturas especificadas nas recomendações desta bula: agriãozinho (Synedrellopsis grisebachii), buva, voadeira, rabo-de-foguete (Conyza bonariensis, C. canadensis), caruru-de-mancha (Amaranthus viridis), corda-de-viola, corriola (/. quamoclit I. hederifolia), erva-de-santa-luzia (Chamaesyce hirta), erva-quente (Spermacoce latifolia), guanxuma (Sida rhombifoiia), mostarda (Brassica rapa) picão-preto (Bidens pilosa), poaia-branca (Richardia brasiliensis), trapoeraba (Commelina benghalensis, C. diffusa).

NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO

Ácacia Negra, Eucalipto, Pinus e Seringueira:
No máximo 5 aplicações com intervalos de 30 a 60 dias com volume de calda de 150-400 L/ha.
Dessecação de plantas daninhas em pós transplante das mudas e pós emergência das plantas daninhas em jato dirigido.
Para manejo e complementação no controle de infestações de gramíneas recomenda-se herbicidas a base de glifosato conforme recomendações registradas.

FATORES IMPORTANTES PARA O SUCESSO DO SISTEMA DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS COM O HERBICIDA VALEOS®

Aplique Valeos® conforme as recomendações de bula:
1. Aplicação em pós-emergência na dose recomendada adicione sempre adjuvante não iônico na dose 0,5% a 2% v/v na calda de pulverização.
2. Faça a aplicação dentro do período ideal do estágio de desenvolvimento das plantas daninhas de folhas largas evitando que haja rebrotas de algumas espécies, inclua no manejo de plantas daninhas gramíneas herbicidas devidamente recomendados e registrados.
3. Potencialize o controle com:
- com uma boa cobertura das plantas;
- uso de doses mais altas de adjuvantes em condições mais críticas;
- aplicação em plantas com pleno desenvolvimento vegetativo;
- presença de luz solar intensa aumenta a velocidade de controle;
- condições de alta umidade relativa e temperatura entre 20 a 30°C.
4. Evite aplicações nas horas mais quentes do dia, temperaturas acima de 30°C, e com baixa umidade relativa do ar, umidade relativa abaixo de 70%, ou com ventos acima de 10 km/hora, principalmente quando essas condições causem estresse hídrico nas plantas e favoreçam a deriva da pulverização.
5. Limpe completamente o equipamento de aplicação (tanque, barra e os bicos) antes de utilizá-los com outros produtos ou em outros cultivos.

MODO DE APLICAÇÃO

PREPARO DA CALDA:
O responsável pela preparação da calda deve usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) indicado para esse fim. Colocar água limpa no tanque do pulverizador (pelo menos 3/4 de sua capacidade) ou de tal forma que atinja a altura do agitador (ou retorno) e, com a agitação acionada, adicionar a quantidade recomendada do produto. Também manter a calda sob agitação constante durante a pulverização. A aplicação deve ser realizada no mesmo dia da preparação da calda.
Por se tratar de uma formulação do tipo WG (Grânulos dispersíveis em água) o produto deve ser adicionado lentamente no tanque do pulverizador sob agitação constante ou pré dissolvidos em recipientes adequados.
Adicionar o adjuvante à calda após o produto, conforme recomendação descrita no item CULTURAS, PLANTAS DANINHAS e DOSES.

APLICAÇÃO TERRESTRE
Seguir as recomendações abaixo para uma correta aplicação:
- Equipamento de aplicação:
Utilizar equipamento de pulverização provido de barras apropriadas. Ao aplicar o produto, seguir sempre as recomendações da bula. Proceder a regulagem do equipamento de aplicação para assegurar uma distribuição uniforme da calda e boa cobertura do alvo desejado. Evitar a sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação utilizando tecnologia apropriada. Nas aplicações de jato dirigido, evitar que o produto atinja as folhas da cultura, sendo recomendado o uso de “Chapéu de Napoleão” ou barras laterais protetoras específicas para jato dirigido que evitem deriva de calda sobre as partes verdes das culturas.
- Volume de calda por hectare (taxa de aplicação):
Recomenda-se o volume de calda entre 150 a 400 L/ha, dependendo do cultivo e manejo a ser adotado. Seguir as recomendações do item “CULTURAS, PLANTAS DANINHAS e DOSES” e “NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO”.
Volumes maiores de aplicação favorecem a deposição e cobertura dos alvos pela calda. Se for necessário aumentar o volume de aplicação, selecionar pontas de maior vazão como descrito nos itens Seleção de pontas de pulverização e Pressão de trabalho
- Seleção de pontas de pulverização:
A seleção correta da ponta é um dos parâmetros mais importantes para boa cobertura do alvo e redução da deriva. Pontas que produzem gotas finas apresentam maior risco de deriva e de perdas por evaporação (vide CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS). Dentro deste critério, usar pontas que possibilitem boa cobertura das plantas alvo e produzam gotas de classe acima de grossas (C), conforme norma ASABE S572.1. Em caso de dúvida quanto a seleção das pontas, pressão de trabalho e tamanho de gotas gerado, consultar a recomendação do fabricante da ponta (bico).
- Pressão de trabalho:
Observar sempre a recomendação do fabricante e trabalhar dentro da pressão recomendada para a ponta, considerando o volume de aplicação e o tamanho de gota desejado. Para muitos tipos de pontas, menores pressões de trabalho produzem gotas maiores. Quando for necessário elevar o volume de aplicação, optar por pontas que permitam maior vazão (maior orifício) ao invés do aumento da pressão de trabalho. Caso o equipamento possua sistema de controle de aplicação, assegurar que os parâmetros de aplicação atendam a recomendação de uso.
- Velocidade do equipamento:
Selecionar uma velocidade adequada às condições do terreno, do equipamento e da cultura. Observar o volume de aplicação e a pressão de trabalho desejada. A aplicação efetuada em velocidades mais baixas, geralmente resulta em uma melhor cobertura e deposição da calda na área alvo.
- Altura de barras de pulverização:
A barra deverá estar posicionada em distância adequada do alvo, conforme recomendação do fabricante do equipamento e pontas, de acordo com o ângulo de abertura do jato. Quanto maior a distância entre a barra de pulverização e o alvo a ser atingido, maior a exposição das gotas às condições ambientais adversas, acarretando perdas por evaporação e transporte pelo vento.
- Aplicação com equipamento costal:
Para aplicações costais, manter constante a velocidade de trabalho e altura da lança, evitando variações no padrão de deposição da calda nos alvos, bem como a sobreposição entre as faixas de aplicação. Nas aplicações de jato dirigido, evitar que o produto atinja as folhas da cultura, sendo recomendado o uso de “Chapéu de Napoleão” ou barras laterais protetoras específicas para jato dirigido que evitem deriva de calda sobre as partes verdes das culturas.
O aplicador do produto deve considerar todos estes fatores para uma adequada utilização, evitando atingir áreas não alvo. Todos os equipamentos de aplicação devem ser corretamente calibrados e o responsável pela aplicação deve estar familiarizado com todos os fatores que interferem na ocorrência da deriva, minimizando assim o risco de contaminação de áreas adjacentes.

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

- Velocidade do vento:
A velocidade do vento adequada para pulverização deve estar entre 05 e 10 km/h dependendo da configuração do sistema de aplicação. A ausência de vento pode indicar situação de inversão térmica, que deve ser evitada. A topografia do terreno pode influenciar os padrões de vento e o aplicador deve estar familiarizado com estes padrões. Ventos e rajadas acima destas velocidades favorecem a deriva e contaminação das áreas adjacentes. Deixar uma faixa de bordadura adequada para aplicação quando houver culturas sensíveis na direção do vento.
- Temperatura e umidade:
Aplicar apenas em condições ambientais favoráveis. Baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas aumentam o risco de evaporação da calda de pulverização, reduzindo a eficácia do produto e aumentando o potencial de deriva.
Evitar aplicações em condições de baixa umidade relativa do ar (menores que 60%) e altas temperaturas (maiores que 30°C). Não aplicar o produto em temperaturas muito baixas ou com previsão de geadas.
- Período de chuvas:
A ocorrência de chuvas dentro de um período de quatro (4) horas após a aplicação pode afetar o desempenho do produto. Não aplicar logo após a ocorrência de chuva ou em condições de orvalho.
As condições de aplicação poderão ser alteradas a critério do engenheiro agrônomo da região. O potencial de deriva é determinado pela interação de fatores relativos ao equipamento de pulverização e ao clima (velocidade do vento, umidade e temperatura). Adotar práticas que reduzam a deriva é responsabilidade do aplicador.

LIMPEZA DE TANQUE

Logo após o uso, limpar completamente o equipamento de aplicação (tanque, barra, pontas e filtros) realizando a tríplice lavagem antes de utilizá-lo na aplicação de outros produtos / culturas. Recomenda-se a limpeza de todo o sistema de pulverização após cada dia de trabalho, observando as recomendações abaixo:
Antes da primeira lavagem, assegurar-se de esgotar ao máximo a calda presente no tanque. Lavar com água limpa, circulando a água por todo o sistema e deixando esgotar pela barra através das pontas utilizadas. A quantidade de água deve ser a mínima necessária para permitir o correto funcionamento da bomba, agitadores e retornos/aspersores internos do tanque. Para pulverizadores terrestres, a água de enxague deve ser descartada na própria área aplicada. Encher novamente o tanque com água limpa e agregar uma solução para limpeza de tanque na quantidade indicada pelo fabricante. Manter o sistema de agitação acionado por no mínimo 15 minutos. Proceder o esgotamento do conteúdo do tanque pela barra pulverizadora à pressão de trabalho. Retirar as pontas, filtros, capas e filtros de linha quando existentes e colocá-los em recipiente com água limpa e solução para limpeza de tanque. Realizar a terceira lavagem com água limpa e deixando esgotar pela barra.
Todas as condições descritas acima para aplicações terrestres poderão ser alteradas a critério do Engenheiro Agrônomo da região, observando-se as indicações de bula. Observar também as orientações técnicas dos programas de manejo integrado e de resistência de pragas.

INTERVALO DE SEGURANÇA

Eucalipto, Pinus, Acácia negra e Seringueira: Uso não alimentar.

INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS

Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPI's) recomendados para o uso durante a aplicação.

LIMITAÇÕES DE USO

Seletividade: o produto é seletivo dentro das recomendações de uso. Durante a aplicação, evite que a calda herbicida atinja as partes verdes das plantas úteis. Caules suberizados de plantas não são danificados pelo Valeos®.
1. Algumas espécies de plantas daninhas são sensíveis em qualquer estágio; para outras devem ser observadas as recomendações desta bula para que sejam evitadas rebrotas. As aplicações onde o manejo é feito com herbicidas a base de glifosato tem mostrado excelente complementação tanto para controle de gramíneas como para estágios mais avançados de algumas espécies de plantas daninhas de folhas largas.
2. Assim como ocorre com outros herbicidas, em essências florestais podem ocorrer plantas daninhas perenizadas de trapoeraba de difícil controle onde podem ocorrer rebrotas.
3. Não roçar ou capinar as áreas infestadas com plantas daninhas antes da aplicação do Valeos®, o produto é absorvido pelas folhas verdes da planta em estágio de crescimento vegetativo.
4. Durante a aplicação do produto evite a deriva para as culturas adjacentes e/ou limítrofes à área a ser tratada.
5. Para maiores esclarecimentos consulte representante técnico da BASF S.A.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.

O manejo de plantas daninhas é um procedimento sistemático adotado para minimizar a interferência plantas daninhas e otimizar o uso do solo, por meio da combinação de métodos preventivos de controle. A integração de métodos de controle: (1) cultural (rotação de culturas, variação de espaçamento e uso de cobertura verde), (2) mecânico ou físico (monda, capina manual, roçada, inundação, cobertura não viva e cultivo mecânico), (3) controle biológico e (4) controle químico tem como objetivo mitigar o impacto dessa interferência com o mínimo de dano ao meio ambiente.

O uso sucessivo de herbicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população da planta daninha alvo resistente a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e um consequente prejuízo.
Como prática de manejo de resistência de plantas daninhas e para evitar os problemas com a resistência, seguem algumas recomendações:
• Rotação de herbicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo E para o controle do mesmo alvo, quando apropriado.
• Adotar outras práticas de controle de plantas daninhas seguindo as boas práticas agrícolas.
• Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto.
• Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação de herbicidas.
• Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas devem ser consultados e/ou, informados à: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD: www.sbcpd.org), Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC-BR: www.hrac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA:www.agricultura.gov.br).

GRUPO E HERBICIDA

O produto herbicida Valeos® é composto por Saflufenacil, que apresenta mecanismo de ação dos inibidores da Protox (9-Protoporfirinogênio oxidase – PPO), pertencente ao Grupo E, segundo classificação internacional do HRAC (Comitê de Ação à Resistência de Herbicidas).

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